quarta-feira, janeiro 09, 2008

O meu lado lunar


Detesto:
- sentir que estou a mais - só me apetece desaparecer.
- o justo ser injustiçado - ele não merece, é uma pessoa boa. Ninguém devia magoar as pessoas boas porque essas mágoas podem torná-las naquilo que elas não são e não querem ser, umas infelizes como a maioria que por aí deambula.
- ocupar um lugar que não seja meu - entrego-o logo a quem o pertence.
- sentir que me estão a fazer um favor - ou fazem de coração sincero, ou prefiro que digam que não.
- que tenham pena de mim - não me tenho como uma coitada...
- que me mintam - nunca me opus à verdade, nem a impedi que acontecesse.
- desconfortos - sinto logo arrepios na espinha.
- que gritem comigo - não sou surda, só levanto a voz aos meus alunos e quando estes me faltam ao respeito.
- que me empatem - a vida só tem um sentido: é para frente portanto libertem o caminho para quem quer andar e entretenham-se encalhados noutro lado qualquer.
- faltas de respeito - é daquelas coisas que me obriga a respirar fundo 1592863434273902928365353427293020883672564376789328904874896 vezes e a mudar imediatamente o rumo do meu pensamento para não perder a cabeça.
- a segurança social - não há paciência para aquilo.
- recibos verdes - são uma vergonha...
- vacinas - são um mal necessário, só lamento que não possam ser tomadas em comprimido ou xarope, facilitavam-me muito a vida.
- detestar tanta e tão pouca coisa - tanta porque me irrita pensar que há coisas que me chateiam, tão pouca porque sinto que aquilo que realmente me aborrece (e isso exclui as agulhas das vacinas) é de facto aquilo que importa na vida e é aquilo a que aos poucos nos vamos habituando e não devíamos. É tudo o que tem a ver com o respeito e pelo amor ao próximo e por nós próprios. São atitudes e situações destas que ressuscitam o meu lado lunar, mas afinal... Quem o não tem?

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