segunda-feira, março 31, 2008

Acidentes na estrada


Hoje foi um dia para esquecer de acidentes. Saí de casa, quinhentos metros depois apanhei um atropelamento de um peão numa passadeira. A ambulância tinha acabado de chegar, ainda vi o senhor num sofrimento enorme deitado no chão. Um quilómetro depois apanho a IC19 cheia de trânsito, tinha acabado de se dar um acidente com uma mota, estavam duas faixas cortadas, a polícia tinha acabado de chegar quando eu por lá passei. O condutor da mota estava num estado indescritível, bem como a mota. Fiquei muito incomodada com tanta desgraça em tão pouco tempo, num espaço tão curto. De volta a casa apanho mais um toque dos habituais, sem qualquer gravidade, felizmente... Custou-me ver tanta desgraça. Dá que pensar...

domingo, março 30, 2008

sábado, março 29, 2008

A vida num retrato


Se pudesse pôr em exposição os episódios mais marcantes da minha e que valem a pena certamente seria um momento interessante de se ver. Ontem andei de volta das minhas fotografias. Achei que lhes estava a dar pouca atenção, estavam ao abandono e não mereciam. Afinal, estão a tornar-me eterna, estão a tornar eternos aqueles que comigo partilharam aqueles momentos. As nossas caras ali permanecem como estavam. Com o tempo envelhecem, ganham novas formas, novas marcas que a vida se encarrega de nos trazer. É uma espécie de maquilhagem permanente que ganhamos por cá andarmos e cá continuarmos. Por isso comprei uns albuns, dei-lhes uns mimos e tratei de guardá-las. Estão agora com o destaque que merecem e com a dignidade que lhes é devida. Se pudesse forrava as paredes do meu quarto com as fotografias mais marcantes, faria deste espaço uma homenagem a tudo o que já passei e que faz de mim o que sou hoje: uma pessoa dita "normal". Mas não posso... Escolhi algumas e destaquei-as em espaços próprias comumente chamados de molduras e arranjei um quadro de iman que pus na parede e que, claro está, se encontra repleto de pessoas especiais. As outras mil que não puderam ter este destaque moram mesmo ao lado destas privilegiadas, mas numa estante e coladinhas umas às outras e olharem-se literalmente olhos nos olhos. Agora que as teno organizadas sei que as procurarei mais. Sei que mais vezes verão a luz do dia e far-me-ão sorrir de felicidade por tudo o que já passei.

sexta-feira, março 28, 2008

O corpo com prazer

Vinha como é habitual na minha volta de carro a ouvir aquilo que o rádio decidir que será justo passar. Nem sempre isto me acontece, mas tenho alturas em que me dá para tomar atenção à letra das músicas, para pelo menos saber o que estou a cantarolar. Na maioria das vezes preferia nunca ter tomado atenção porque acabo por me desiludir com a falta de sentido, lógica e conteúdo que as letras têm. Procuram que o som culmate a falta de originalidade daquele que se lembrou de musicar uma meia dúzia de frases sem nexo. Já me tinha dado conta desta letra. Hoje voltei a cruzar-me com ela e não resisti a colocá-la aqui. Deixo o video e a letra da música. Certamente dar-me-ia muito que pensar e reflectir, mas prefiro deixá-la somente assim para que cada um conclua aquilo que quiser...

Tocas no rosto enquanto o ar não sai
Inspiro sem medo do acto que te vem
Envolvo os pés com as mãos
Do toque nasce a nossa ilusão

Desenhas os risos de um novo medo
Que o peito demonstra sem qualquer sossego
Faz tempo que a culpa se foi
Ficámos de pensar só depois
Do erro.

Já pouco nos resta fechar os olhos
Escondemos actos sem qualquer receio ou angústia
Que nos prende a vontade de sentir

Rasgas-me a roupa sem qualquer pudor
Enquanto buscas o ar pela boca
Passeias o teu cheiro no meu corpo
Por entre os braços misturo tudo
Após o prazer ficaremos mudos
Sem saber
Que é por uma noite

Grito o teu nome sem saber
Como será o amanhã
Foi um sonho real
Por uma noite

quinta-feira, março 27, 2008

Half of me

Metade de mim está aqui em frente a um ecrã, a consultar emails, a verificar as últimas notícias, a ver quem aparece pelo messenger e mete conversa. A outra metade de mim está bem longe, com quem mais quero, a fazer o que mais aprecio. Quem pode, pode...

quarta-feira, março 26, 2008

terça-feira, março 25, 2008

Pára, escuta e olha


Pára, escuta e olha.
Tantas vezes somos apanhados de surpresa porque não parámos, não escutámos e/ou não olhámos quando ainda tinhamos tempo.

segunda-feira, março 24, 2008

Poema de amor


O meu amor é doce como fruta madura
Ele é quente como algumas noites de verão
É firme, é um amor que perdura

O meu coração é seu porque eu quero
Ele é seu porque ele o conquistou
É seu porque é tudo o que quero e espero

O meu olhar é terno quando o vejo
Ele é seu e a si pertence
É tão bom porque ele é tudo o que desejo

A minha canção de amor não traz novidade
É tonta como todas e mais algumas
Espelha a alegria dos amantes que amam com vontade

domingo, março 23, 2008

Elegância


Elegância não é fazer notar, mas fazer recordar...

sábado, março 22, 2008

Imagens

Um fim aparente.
O princípio de uma vida eterna.

sexta-feira, março 21, 2008

Dias calada

Dias de silêncio. Dias de recolha. Dias de retiro.

terça-feira, março 18, 2008

segunda-feira, março 17, 2008

O amor acontece


Certo dia certa história de amor aconteceu quando a Maria Rabia e o Manuel Papel foram inventados por uma certa caneta perneta. O princípio desta assolapada paixão começou no primeiro traço. Cores garridas e berrantes que foram tomando formas arredondadas e que culminariam na impossibilidade de ambos resistirem a tanto charme. Com um piscar de olho ele se denunciou, com um beijo carnudo ela retribuiu a simpatia. As páginas tantas que se seguiram ficam para os próximos capítulos, mas só se os protagonistas consentirem e se os episódios puderem ser publicados.

domingo, março 16, 2008

A contar carneirinhos

Nas noites de maior insónia, em anos que já lá vão, não resisti a contar carneirinhos na esperança de que estes me embalassem até à chegada do João Pestana. Como gosto das coisas a rigor fechei os olhos, imaginei um vasto pasto verde e tratei de arranjar uma bonita cerca para que pudessem alegremente saltar de um lado para o outro. Criado o cenário só faltavam as personagens principais: os carneirinhos. Em pouco tempo chegavam e começavam a saltitar. Eram gordos e tinham um ar simpático. Era chegada a minha hora de os contar. Um carneirinho, dois carneirinhos, três carneirinhos... O sono não chegava. Começava a sentir que estas humildes criaturas, ao invés de me ajudarem a adormecer, faziam precisamente o efeito contrário: desviavam a minha atenção do essencial. Às páginas tantas um dos carneirinhos num ataque de rebeldia, lembra-se de contornar a cerca em vez de a saltar. Fiquei danada com aquela atitude. Que fazia eu com ele? Contava-o na mesma? Desclassificava-o por não cumprir as regras do jogo? Ignorava? Outro igualmente com a mania de ser diferente foge, logo de seguida um recusa-se a saltar a fica estático em frente à cerca proporcionando um enorme engarrafamento de carneirinhos. Eu já estava irritadíssima. Decidi acabar com aquela palhaçada e fazer desaparecer aquele cenário que já estava mais negro que outra coisa. Limpo da minha cabeça o prato verde, a cerca e os animais da quinta que são chamados para esta história e reparo como estava ainda mais desperta e, pior, bem mais irritada. Não voltei a repetir o feito sob pena de ainda me deparar com greves ou manifestações contra a exploração nocturna de carneirinhos ou as consequências do esforço físico dos animais de terem de saltar tal cerca. Ou quem sabe ser visitada pelo pastor e pelo seu fiel amigo cão que me tratariam da saúde porque estava a desviar os carneiros do caminho que devem seguir. Nem pensar! Não queria tal responsabilidade nos meus ombros. Virei-me para o outro lado e adormeci.

sexta-feira, março 14, 2008

Diamonds are a girl's best friend

What do I want as a present? I don't want something I need. I want something I want - something pretty.

quinta-feira, março 13, 2008

Às cegas

Tira a venda. Se estás às escuras é porque queres. Sabes qual é a diferença entre ver e olhar? Ver é aquilo que faço com a televisão, que faço no trânsito, que faço na rua. Vejo pessoas, vejo publicidade, vejo cenas tristes e outras mais alegres. Vejo muita coisa. Olhar é aquilo que faço quando reparo em alguém ou alguma coisa especial. Olhar é mais profundo, é mais intenso. Um olhar toca, mexe, transforma. Porque continuas com essa cortina que te impede de olhares para a vida como ela merece? Aceita o desafio, tira a venda e atreve-te a olhar para aquilo que merece a tua atenção.

quarta-feira, março 12, 2008

terça-feira, março 11, 2008

Pézinhos de cinderela


Quando for grande quero ser pequenina outra vez.

domingo, março 09, 2008

Manifesto anti-ministra


Deixo a minha homenagem a este momento que ficará na história da nossa educação.

sábado, março 08, 2008

Dia da mulher

Em dia da mulher estava o presidente da junta desta freguesia no centro da cidade a distribuir cravos vermelhos às senhoras e meninas que passavam com os cumprimentos da junta. Bonito gesto, agradável, amável, simpático e cordeal. Mas o que realmente me impressionaria e marcaria este dia pela positiva era uma meia dúzia de metros de alcatrão numa das principais ruas de acesso à cidade. Isso sim era uma atitude de valor e um dinheiro bem gasto porque é uma vergonha uma estrada num estado daqueles. Prioridades!!!

sexta-feira, março 07, 2008

The reason why


"Olhemo-nos bem fundo, olhos nos olhos, e procuremos a razão pela qual um dia nos juntámos e faz com que hoje permaneçamos juntos."
Poucos, muito poucos casais são capazes de responder a esta pergunta.

quinta-feira, março 06, 2008

My sweetest thing

O amor é a coisa mais doce que conheço.

quarta-feira, março 05, 2008

Vive comigo e dentro de mim


O que me importa é a verdade. Tudo o que a vida dá será influenciado por esta fidelidade e transparência. A vida sabe da nossa culpa ou da nossa desculpa. Porque nada lhe conseguimos esconder. E que bom é sabê-lo. Porque sei que a verdade sairá sempre vencedora. Ela merece.

segunda-feira, março 03, 2008

366 dias depois


Associo o número um a coisas boas. Um faz-me pensar em unidade, em único, em primeiro. Todos desejamos o primeiro lugar e na contagem decrescente quando chegamos ao um estamos numa enorme ansiedade e excitação na expectativa do que vem a seguir. Tantas expressões se referem ao um como o fundamental: por um se ganha, por um se perde. Por outro lado o número um é sempre o princípio de uma contagem: do zero sem valor, entramos na caminhada que nos levará ao um e ao dois e ao três e por aí fora. Pode parecer um número pequeno ou fraco, mas carrega em si a força e a energia dos fortes, todos têm de passar por ele para atingirem os seguintes. Por todas estas e muitas outras razões vejo neste primeiro aniversário o resultado de uma caminhada de doze meses, o investimento feito nestes 366 dias, o tempo dedicado ao longo de 8784 horas. Um primeiro marco atingido. O princípio de uma contagem que se deseja duradoura.

Momento kodak


Alguém chamou?

domingo, março 02, 2008

Encontrei indefeso


Apanhei indefeso e desprotegido por mero acaso. Fiquei na dúvida se o devia agarrar ou não, afinal todos tememos magoar uma coisa frágil à partida. Tomei-o nas minhas mãos e senti que começou a bater assustado, tremia ligeiramente. Despachei-me a acalmá-lo, disse-lhe que era uma pessoa de boas intenções, princípios e valores e que nunca lhe faria mal. Continuou descrente nas minhas palavras e batia aflito. Encostei-o ao meu peito em sinal de carinho e protecção na esperança que sentisse a verdade do meu coração. Neste acolhimento senti que suspirou e aliviou ligeiramente a tensão que sentia, apesar da atitude de desconfiança ser ainda uma realidade. Levei-o para casa comigo e ainda hoje o guardo numa pequena almoçada branca de veludo. Ele hoje dorme mais tranquilo, bate mais sereno e entrega-se nas minhas mãos.