sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Avisos


E dos humanos? Ninguém alerta?

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Eu fui!


Caiste na tentação e quiseste desvendar os segredos que o futuro tem para ti. Bateste com o nariz na porta. Ele estava e está lá à tua espera, mas não te podia dizer o que encontrarás e o que viverás porque nem ele próprio sabe. Sabe somente que tudo dependerá de ti e das opções que fizeres na vida. Dependerá da tua verdade, da tua teimosia, da tua capacidade de selecção, da aparente sorte e azar que usamos para caracterizar tantos momentos da nossa vida. Não há destino. Há caminho, há desafio, há investimento. Existes tu e aquilo que quiseres para ti.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Por detrás da cortina


Se o futuro te permitisse desvendar o que te reserva caias na tentação de lhe dar ouvidos?

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Adoro finais felizes


Cheguei agora a casa cansada de mais um dia/noite de trabalho. Vinha disposta a cair redonda na cama e desta forma esperar pelo dia de amanhã e por aquilo que ele me reserva. Quando chego a casa tenho uma notícia à minha espera: o convite para o casamento de um casal amigo. Senti um misto de "já estava à espera, mas já?" difícil de explicar, mas possível de sentir. Nada os impedia de dar este passo, reunem todas as condições para darem este "sim" e têm em si a principal: o facto de se amarem. Fiquei feliz com o convite porque os amigos que escolhemos são como membros que gostaríamos que fizessem parte da nossa família e é das coisas mais gratificantes que pode haver, partilhar este momento de intensa verdade com quem importa. Contínuo a deitar-me cansada, mas deito-me mais feliz.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

domingo, fevereiro 24, 2008

Partido

O copo partiu quando de um momento para o outro foi atingido sem quase se aperceber. O fino e caro cristal cedeu. Deixa de fazer parte da colecção da família, abandona os seus colegas de prateleira, diz "adeus" aos jantares demorados e às marcas de baton. Com uma pequena vassoura foi varrido e deitado ao lixo. Rapidamente caíra no esquecimento de todos e fora substituído. Uma mão cheia de anos ao dispôr, sem mancha, sem risco, sem reclamações... Em vão.

sábado, fevereiro 23, 2008

Sensualidades


Há bocas que prometem. Outras há que concretizam.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Coisa ruim



Um retrato da mentalidade fechada portuguesa. Entre Deus e o diabo: a crença e a superstição Um filme que aconselho. Fica a dica para, ao que parece, um fim de semana chuvoso.

Momento


Conta-me uma história, dá-me uma rosa e enrola-me no teu abraço. Assusta que eterna possa ser só essa história que me contas porque a rosa pouco durará e dentro em breve murchará de velhice, fome ou sede. O teu abraço durará enquanto durar o momento. O perfume que me deixares durará uma meia dúzia de horas. O calor do teu corpo durará até eu arrefecer. Quando virares costas comigo ficará para sempre a história que partilhaste, ficará a recordação de mais um momento de entrega ao teu lado e ficará tudo o que sinto por ti.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Visitada durante a noite


A meio da noite ela desejou ser visitada sorrateiramente por alguém que sem proferir palavra a conseguisse possuir só com o poder do olhar. Preparou-se com poupa e circunstância, afinal não é todos os dias que se espera receber alguém assim. Pôs-se como veio ao mundo, esticou-se para o poder receber e ali ficou à espera da sua chegada. À espera da sua visita. A janela ficara entreaberta para evitar qualquer obstáculo à sua vinda: tudo estava pronto, principalmente ela, que se colocara numa posição de total disponibilidade como nunca havia feito. Algum tempo depois ele chegou. Ela sabia que ele viria. Sentiu pela ventania repentina que a arrepiara de frio, era o momento da sua entrada. Sentiu a janela encostar novamente e abriu os olhos para os poder cruzar com os seus num momento que jamais podia esquecer. Voltou a fecha-los e entregou-se aos prazeres que lhe estavam reservados. Uma cama cheia de ofertas irrecusáveis. E ela não quis deixar de provar uma só que fosse.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Emaranhada

Detesto deixar coisas importantes para a última da hora, trabalhar sobre stress. Sai sempre qualquer coisa meia esquisita e às três pancadas, que olhamos com desprezo e da à qual não damos qualquer valor. Detesto que se brinque com o esforço e o empenho dos outros. Detesto que cada um não cumpra com aquilo que lhe compete. Há sempre alguém que sai prejudicado com isso.
Sinto-me emaranhada em tudo isto que detesto e não sei como sair daqui ilesa. Porque afinal, a culpa não é minha.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

A enxurrada levou o meu trabalho de casa


Ontem entrei numa sala de aula e a professora da turma pediu-me dois minutos para terminar a tarefa que havia começado. Naturalmente de imediato lhe disse que estivesse à vontade e agarrei-me às minhas coisas para pôr em ordem aquilo que tinha para fazer. A professora pedia os trabalhos de casa aos alunos e perante uma aluna que não tinha para entregar desata numa chuva de insultos à crianças. Nestes casos, se eu pudesse, desaparecia. Não gosto de me meter no trabalho dos colegas, ainda para mais com quarenta anos a mais de serviço que eu. Num instante a criança diz tinha a minha prima em casa e não fiz os trabalhos. Pior a emenda que o soneto. Duplicou a carga de porrada psicológica. Baixei o volume, concentrei-me no que eu tinha para fazer e fiquei a conversar com os meus botões enquanto a cena não terminava. Nós temos sempre desculpa para tudo. Poucas são as coisas (ou as pessoas) que assumem que não fazem ou que não querem só porque esta é a sua vontade ou porque não se organizaram como era suposto para dar resposta a todos os desafios que aparecem. Um dos maiores problemas é mesmo a desorganização pessoal e má gestão do tempo. Os pais desculpam-se com os filhos, os filhos com os pais e com os cães que comem o trabalho de casa. As pessoas desculpam-se com a bebida ou com a droga que vicia. Com o mau e com o bom amigo. Com os olhos azuis da rapariga ou com o matulão que piscou o olho. Atiram-se as culpas ao vizinho de baixo ou à publicidade enganosa, à Igreja e a Deus. Todos têm culpa, menos nós, que nascemos à partida ilibados. É uma verdade que muita coisa não depende de nós e que somos vítimas de injustiças, mas nas outras tantas vezes somos nós os responsáveis e só não viramos as costas se não pudermos. A senhora professora até tinha razão: a miúda teve um fim de semana inteiro para fazer face à sua tarefa (Sexta, Sábado e Domingo), perdeu-a pela forma abrutalhada e desordenada com que a chamou a atenção e pelas ofensas pessoais que proferiu. Começamos cedo com desculpas mais ou menos esfarrapadas. Elas surgem na esperança da consequência à nossa falha ser minorada e, quem sabe, perdoada depois de explicarmos o nosso porquê. Aterrei novamente naquela sala de aula quando a professora me diz faça favor, obrigada. Sorri-lhe e agarrei no meu material. Os ombros encolhidos endireitaram-se, levantaram-se os bracitos que queriam participar. Começou a aula.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

domingo, fevereiro 17, 2008

A perfeiçao


Se a perfeição existe? É claro que sim, isso nem se pergunta. A perfeição existe num momento, existe numa pessoa, existe numa qualidade ou num gesto que apreciamos, existe na medida em que temos definido um determinado critério e nos encontramos com aquilo que temos como maior. É natural que o que é perfeito para mim não o seja para ti e ainda bem que assim é. É da maneira que todos nos encontramos com o que consideramos perfeito e aos poucos nos realizamos de formas diferentes, em campos diversos, em espaços variados e com as pessoas certas. Muitos, com medo de se encontrarem com esta perfeição, impõe critérios altíssimos, efectivamente impossíveis de atingir. Esses carregam o vazio dos infelizes que por medo e só por medo tratam de criar barreiras intransponíveis e se fecham ao que de melhor a vida nos pode dar. Faz tudo o que puderes para que tudo em que tocas e por onde quer que passes seja perfeito. Aplica a tranquilidade necessária, evita a ambição desmedida. Sê razoável. Sê perfeito.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

É pegar ou largar


Ontem dizia-me uma voz ligeiramente mais sábia e mais vivida que a minha: para a maioria das pessoas o problema das opções tomadas não está na opção que fizeram (como poderão argumentar ou poder-se-ão iludir nesse sentido), mas reside naquilo que deixaram de lado e desconhecem. É isso que realmente as atormenta porque sabem pelo que se decidiram, mas não sabem o que à partida recusaram com aquela opção.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Dia de São Valentim


Valentim era um sacerdote cristão contemporâneo do imperador Cláudio II. Cláudio queria constituir um exército romano grande e forte; não conseguindo levar muitos romanos a alistarem-se, acreditou que tal sucedia porque os homens não se dispunham a abandonar as suas mulheres e famílias para partirem para a guerra. E a solução que encontrou… foi proibir os casamentos dos jovens! Valentim ter-se-á revoltado contra a ordem do imperador e, ajudado por S. Mário, terá casado muitos casais em segredo. Quando foi descoberto, foi preso, torturado e decapitado a 14 de Fevereiro.

http://web.educom.pt/paulaperna/s_valentim.htm

Deixo a lenda por detrás de mais um dia especial. O dia dos namorados, como já referi, é todos os dias que dedicam com fidelidade um ao outro. Prendas, programas especiais ou palavras e frases guardadas para este dia são inúteis se esta não for a norma, a regra pela qual os amantes se deixam reger. Naturalmente desejo a todos os que se querem bem um dia muito feliz, como o desejo para todos os dias das suas vidas. Já dizia santo Agostinho e muito bem ama e faz o que quiseres porque quem ama de verdade dificilmente fará mal...

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Quando for grande


Quando for grande quero ser como as personagens das telenovelas: trabalho pouco ou nada, ganho muito (ou pelo menos o suficiente para fazer uma vidaça daquelas, vestir-me assim e assado e andar no último grito da moda) e poder gritar com o patrão sem que ele me despeça. Os patrões perdoam tudo e relativizam tudo. Cada um faz mais ou menos aquilo que quer: entra e sai à hora que bem lhe apetecer. A vida flui e eles trazem uma estranha certeza de que tudo vai correr bem e de que conseguirão tudo aquilo com que sonham. As pessoas más trazem-no escarrapachado na testa, o que nos facilita imenso a tarefa de percebermos em quem podemos ou não confiar. O inimigo vem devidamente identificado e só nos aproximamos dele se formos verdadeiramente parvos. Essa é a parte intrigante nas telenovelas: há quem se aproxime destas personagens declaradamente más. Nestas alturas não consigo ter pena deles, estão mesmo a pedi-las. Alguns homens e algumas mulheres aparecem idealizados, bem como alguns relacionamentos e dia-a-dias que nada têm a ver com a realidade. Poder-me-ão dizer e com alguma razão: vá, não sejas assim, isto é uma ficção. Certíssimo, estamos plenamente de acordo, mas ainda não perdi a esperança de que no dia em que eu for grande a vida vai ser realmente assim. Talvez para quebrar esta tendência amorosa temos agora os Casos da Vida que pretendem precisamente retratar (neste caso de uma forma exagerada para o mau) supostas situações da vida real, menos felizes. Não se entende de facto. Por um lado querem fazer-nos sonhar com histórias ideais, por outro derretem-nos de tristeza com as desgraças alheias. Mas entre uma e outra continuo a querer ser uma aquelas pessoas a quem tudo acaba por correr sempre bem. Está decidido: é isso mesmo que eu quero ser quando for grande.

Travessia do deserto

Às vezes a vida reserva-nos autênticas travessias no deserto: sem água, sem comida, quase sem companhia e sem esperaça. Sentimos o corpo desfalecer a cada minuto que passa, desesperamos com cada miragem e com cada montanha que finalmente atravessamos, mas deparamo-nos com o mesmo amontoado de areia quente que não nos mostra o final desta caminhada. Já outros povos se viram nestas travessias e se desejaram para se encontrarem. Sim, porque o problema não é sermos encontrados, porque isso já fomos há muito tempo, o problema é encontrarmo-nos.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Porque todos os dias são dias dos namorados


Um tributo aos que se amam porque o amor não escolhe dias, horas, idades ou nacionalidades. Sem datas ou ocasiões predefinidas, fica aqui uma homenagem aos que se amam e se querem bem e assumiram um compromisso bonito que a ambos orgulhe e realize.

domingo, fevereiro 10, 2008

sábado, fevereiro 09, 2008

No baú das memórias


Hoje estava de volta das limpezas aqui no quarto e encontrei a minha pasta de finalista. Talvez porque a minha irmã também esteja quase a terminar o curso, não resisti a abri-la e a recordar cada palavra e cada pessoa que naquela altura fazia parte da minha vida e partilhou aquele momento comigo. Eram palavras de esperança, de coragem perante o futuro próximo que se aproximava, eram palavras de alegria e satisfação porque via concretizado um sonho. E foi de facto um momento de realização pessoal, de alegria extrema. Lembro-me que chorei nesse dia, lembro-me que até o meu pai chorou! Olhou para mim e virou costas para que eu não visse como estava comovido. Foi um dia em cheio. Cheio de emoções e cheio de sorrisos. Marcou o final de uma etapa sofrida e de privações. Marcou o princípio de uma vida de trabalho que até à data tem corrido bem e me tem realizado como pessoa e como profissional. Na vida vamos acumulando conquistas e derrotas, alegrias, desilusões, paixões, perdas... Um sem número de coisas que nos vai ocupando a mente e o coração. É sinal que estamos vivos e que vivemos com intensidade. É sinal que temos coisas e pessoas que amamos e que nos marcam, que deixámos que nos marcassem. A forma como vivemos estas coisas e estas pessoas depende do espaço e da importância que lhes demos ou que lhes damos na nossa vida. Muitas pessoas já desapareceram entretanto da minha vida, mas as suas palavras permancerão eternas naquelas fitas. As pessoas que ficaram são as que interessam e as que gostava que continuassem. São engraçadas e muitas vezes dolorosas as voltas da vida. Hoje não resisti a abrir a minha capa de finalista, sacudir o pó e olhar para o dia que marcou o princípio da minha vida como professora.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Espera que encontras


Valerá sempre a pena porque um dia ela virá. Pensa-se que esse alguém só nos trará certezas, o que é um engano. As dúvidas existem sempre, mas serão passageiras, serão conversadas e desmistificadas. Importa que fique sempre o essencial: o balanço entre a emoção e a razão. Importa que o verdadeiro amor vencerá sempre e com ele virá a realização de uma vida.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Caminhos


- Olá, boa tarde, desculpe o incómodo.
- Diga menina, em que posso ajudá-la?
- Eu acho que estou perdida. Sabe, procurei em todos os mapas onde ficaria o fim do mundo e não encontrei a referência em nenhum. Como sou dada às novas tecnologias comprei um GPS e lá lhe pedi que me levasse até à terra do nunca e ele amavelmente foi-me dando indicações ora para a direita, ora para esquerda e tenho andado nesta vida. A verdade é que nunca mais chego ao destino e já me estou a aborrecer com isso a sério. Liguei a uma amiga em que confio, é hospedeira de bordo e ocorreu-me de imediato que ela seria a solução deste meu problema. Quando questionada sobre a precisa localização da terra prometida também ela entrou num jogo de gaguejos soluçados e acabou por encalhar num boa pergunta, não faço ideia. E nisto ficou de questionar o piloto mais experiente que conhecia. Ele deu meia dúzia de gargalhadas, mas deixou-se ficar por ali também, sem resposta... Como sou persistente e estou convicta que chegarei ao meu destino, não desisti ainda de pisar essa terra que a poucos está acessível, por isso é que ninguém nunca lá esteve.
- Difícil tarefa a sua, mas não é impossível.
- A sério? Acredita mesmo? Eu sabia que alguém me levaria até lá. Por favor, oriente-me.
- É mais fácil do que parece. Largue o GPS, desligue o telémovel, queime os mapas e siga somente as indicações que eu lhe dou: deixe-se levar lentamente pelo caminho que o seu coração quiser percorrer, vire nas ruas que ele pedir, espreite atenta os becos e ruelas que lhe pareçam mais perigosos, mas retire deles apenas o que lhe interessar. Nos casos de dúvida deixe-se aconselhar pela razão, que normalmente traz uma opinião ponderada. Na sua caminhada seja sempre fiel à sua consciência e à sua vontade, evite pisos incertos. Quando menos esperar dará por si na terra prometida ou terra do nunca, mas que ao contrário do que pensa não fica no fim do mundo, ficará no centro do seu mundo.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Alegria e bem-estar


porque há finais de dia perfeitos...

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Prende-me a ti

A raposa calou-se e ficou a olhar durante muito tempo para o principezinho.
- Por favor... Prende-me a ti! - acabou finalmente por dizer.
- Eu bem gostava - respondeu o principezinho - mas não tenho muito tempo. Tenho amigos para descobrir e uma data de coisas para conhecer...
- Só conhecemos as coisas que prendemos a nós - disse a raposa - Os homens, agora, já não têm tempo para conhecer nada. Compram as coisas já feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres um amigo, prende-me a ti!
- E o que é que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.
- É preciso muita paciência.
Exupéry

domingo, fevereiro 03, 2008

Ninguém leva a mal


Quis o calendário que o Carnaval este ano chegasse tão depressa. Fui então ontem brincar aos mascarados. Numa época sem tabus, as ruas foram-se enchendo de crianças, jovens e menos jovens que vinham de todos os lados fielmente apetrechados. Desde o fato mais caro, à calça a cheirar a naftalina, à meia rota e à barriguinha de fora com um frio de rachar, importava era estar a rigor e a gosto. Dançava-se, bebia-se e sorria-se. Por um dia, por uma noite, homens e mulheres assumiam identidades que não são, por norma, as suas e deliciavam-se com a oportunidade. Foi um serão muito engraçado, onde se multiplicavam as graças e as brincadeiras. Sem medos e sem pudores, com mais ou menos glamour festejei com todos os que encontrei o meu carnaval. Para o ano há mais =)

sábado, fevereiro 02, 2008

Cores e sabores

O sal e a pimenta que dão outro sabor à comida.
Tu e eu que damos outro sabor à vida.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

A vida não pára

Hoje ouvia esta música enquanto regressava a casa. Há uma meia dúzia de frases mais sonantes que me ficaram no ouvido e me ficaram, naturalmente, na cabeça. Vim a pensar para comigo este será o meu post de hoje. Partilho a música e a letra. É a ideia da velocidade estonteante com que a vida corre, é a ideia de até nos podermos alhear a isso, mas que isso não faz com que o tempo espere por nós só porque decidimos fazer de conta que estamos à espera da resposta dos males da sociedade. É a nossa necessidade de encontrarmos algum travão, de encontrarmos alguma calma, do próprio corpo que pede algum alimento interior que valha realmente a pena no meio de tanta correria, mas nem mesmo aqui, conseguimos que o tempo nos dê esse espaço. Assusta-me a frase Será que temos esse tempo pra perder porque levanta a questão do tempo desperdiçado, que é das coisas pelas quais mais lutamos para que não aconteça. É a ideia de que podemos estar a desperdiçar mais tempo do que aquele que desejaríamos ou de que teríamos consciência, tempo esse que efectivamente não temos. Não sei se a vida é rara, sei que é passageira, sei que está cheia de quês, porquês, senãos e se sesins e que seguramente mais de metade não sabe o que anda aqui a fazer. Fica mais este desabafo a juntar a tantos outros...


Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma,
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma,
A vida não pára...
E quando o tempo acelera e pede pressa
Eu recuso, faço hora e vou na valsa,
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo espera a cura do mal,
E a loucura finge que isso é normal,
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando cada vez nais veloz,
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo que lhe falta pra perceber,
Será que temos esse tempo pra perder,
E quem quer saber?!
A vida é tão rara... tão rara...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma,
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma,
A vida não pára...
A vida não pára nao...
Será que é tempo que lhe falta pra perceber,
Será que temos esse tempo pra perder,
E quem quer saber?!
A vida é tão rara... tão rara...
A vida é tão rara.
Mafalda Veiga e João Pedro Pais