sábado, junho 30, 2007

Etapas

Reeencontro. Diálogo. Saudade. Abraço. Beijo. Refúgio. Silêncio. Abraço. Carícia. Calor. Sorriso. Beijo. Medo. Suspiro. Calor. Coragem. Mensagem. Intensidade. Ansiedade. Desejo. Procura. Encontro. Auge. Carícia. Abraço. Silêncio. Refúgio. Beijo. Abraço. Saudade. Diálogo. Reencontro.

sexta-feira, junho 29, 2007

De uma amiga

Partilho o texto de uma grande amiga, que num momento de silêncio deixou que o seu coração gritasse o que sentia:

Finalmente encontro-me nesta casa onde deixei há muito as recordações da minha infância… Este lar onde cresci, deitada nesta mesma cama de rede olhando para o mar, para o sol nascido… para o sol posto…

E aqui estou eu… repousando, relembrando… sinto algo a percorrer-me o rosto… uma lágrima que arrasta recordações, ternura, saudade… Um sentimento mágico percorre o meu corpo aqui e agora… estas paredes sabem todos os meus segredos, os meus anseios, os meus medos, as minhas alegrias, a minha vida – feliz, talvez.

Aqui regresso esperando dias melhores… ao longe vejo o Mundo em movimento, o tempo que não pára para tanta gente apressada… Não, não é essa a minha vida! Preciso parar com o tempo, viver o que me resta com quem me faz feliz, nesta cama de rede onde vejo o sol a despedir-se de mais um dia agitado… algures, bem longe da minha memória… Aqui fico até encontrar um Mundo que me abrace e que me faça sentir amada como fui, como sou neste aconchego…

Ao abrir os olhos temo o que me espera… acordar de um sonho… um Mundo renascido, novidade talvez…

Ritinha

Obrigada :)

Smarties


Para os mais gulosos, que já nem se lembravam que eles um dia fizeram parte da nossa imaginação e da nossa realidade. Doces momentos que valem a pena recordar.

quarta-feira, junho 27, 2007

Encantos


O encanto de um momento que não se julgava tão bonito como efectivamente se manifestou. A procura de um espaço mais ou menos deserto e mais ou menos povoado que nos faça encarar a vida com outros olhos. O equilíbrio perdido e reencontrado na pausa encontrada e disfrutada. Como uma criança que se maravilha com a descoberta do mundo e é capaz de contagiar tudo e todos à sua volta, com o brilho que espalha e o sorriso que não abandona, nem deixa escapar. Num mundo onde proliferam os condados, onde há mais imperadores que impérios, não adbico de procurar aqueles que não entregam a sua dignidade, nem verdade. Ao invés de palácios de pedra e betão, poltronas e tapetes vermelhos, revejo-me naquilo que a Natureza de melhor criou para nos oferecer e que devemos cuidar como nosso.

terça-feira, junho 26, 2007

segunda-feira, junho 25, 2007

Gulodices


Foram-nos gentilemente oferecidas as cerejas mais fabulosas que alguma vez já tive a oportunidade de provar. Adivinhem lá o que reservei para a sobremesa de hoje...

domingo, junho 24, 2007

Momentos Fnac...


...em mais um cinzenta tarde, agora de Verão. Escolhe uma companhia agradável, paga-lhe um café, põe a conversa em dia e respira o que aqueles livros têm para te oferecer. Ouve os suspiros de tantas personagens em aflição, escuta os desabafos dos seus autores em permanente dúvida e crescimento, encara a realidade e delira com a fantasia. Prateleiras repletas de sonhos, pesadelos e histórias na primeira pessoa que alguém não quis guardar só para si.

sexta-feira, junho 22, 2007

Fica comigo...


Nem todos os desejos são expressos convictamente, num dia ou num local que não têm de ser necessariamente os certos. Estas certezas também se fazem e se constroem, pouco ou nada nos vem parar à mão gratuitamente, sem esforço ou dedicação. E mesmo essas borlas que a vida estranhamente nos dá, não são por nós valorizadas (ou muito raramente o são). No dia em que partirmos levaremos connosco tantas frases bonitas e sentimentos reprimidos, por causa de teimosias infundadas ou timidezes castradoras.

Que nada fique por dizer. Que os corações libertos, respirem a alegria de terem partilhado o que de mais bonito fizeram brotar.

quinta-feira, junho 21, 2007

Becos com saída


Por que há quem viva as coisas, quem viva para as coisas, com medo de viver as pessoas, de viver para as pessoas.

quarta-feira, junho 20, 2007

Bom dia alegria!


O melhor despertar de sempre é aquele que nos reserva o beijo mais doce, o abraço mais quente e o sorriso mais bonito do mundo. Porque as palavras são escassas e o raciocínio permanece ainda meio adormecido, nada há a acrescentar de novo. Agarrem-se os apaixonados e deixem que o desejo da manhã fale por si, manifeste a sua vontade e vos encaminhe até ao efémero mundo das palavras repetidas que nos saem pela boca fora sem darmos por isso. Os lençóis amarrotados guardam ainda o calor dos corpos que deles se despediram há minutos. Talvez ainda se reencontrem, num fugaz momento de cegueira. Que bom que foi, que bom que é, que bom que será o primeiro encontro do dia ao lado de quem mais o merecer.

terça-feira, junho 19, 2007

Na pausa para o café



Pequenos prazeres no vazio amargo dos dias apressados, em que a luz espreita com timidez e o calor teima em não se impôr.
Momentos pausados sem companhia, mas onde o reencontro com o eu é possível. Silêncios instalados num balcão ou numa mesa de um café ainda molhada do pano que o empregado acabou de passar rapidamente, atirando com violência as migalhas para o chão. Um trapo velho que limpa os restos das conversas que ali se deram e espera que pouco ou nada reste para que um novo começar possa ter o seu tempo e o seu espaço. Sobras adocicadas e marcas dos copos vazios fazem lembrar o que ali se passou.
Olhares que se evitam com receio das mensagens ocultas que se transmitem ou com medo de más interpretações. Estranhos que alimentam os seus vícios ou saciam os seus corpos ao ritmo a que foram habituados. Moedas que saem das carteiras e trocos que acabam nos bolsos por uma questão de poupança temporal.
Situações quotidianas que passam por nós sem que nos deixemos tocar particularmente por elas, mas que não deixam de marcar mais um dia, mais uma rotina.

segunda-feira, junho 18, 2007

Identidades


- O meu nome? É isso que queres que te diga? Na minha família sou a Esperança, para os estranhos a Amável, na casa dos meus amigos a Benvinda. Entre os pessimistas a Felizarda, numa escura noite de Verão a Estrela, depois de uma discussão a Piedade. Para ti posso ser a Encarnação Feliz daquilo que tens andado à procura.

domingo, junho 17, 2007

Amélie Poulain

Partilho uma deliciosa cena deste filme que adoro. Nestes casos sinto as palavras inúteis perante imagens tão esclarecedoras. Espero que seja igualmente do vosso agrado.

sábado, junho 16, 2007

Vigilante

Sinto-me tão pequenino e frágil. Os meus movimentos são todos condicionados pela pouca energia que tenho e pelo ínfimo controlo sobre os meus membros. Fecho os olhos constantemente porque não os aguento dispertos para o mundo durante muito tempo. Há muita informação à minha volta, não a consigo processar toda. A vida gira a uma velocidade alucinante, mas eu sinto que não a consigo acompanhar como gostaria. Sinto-me perdido nesta imensidão... Não percebo porque fui obrigado a abandonar o quente e acolhedor ventre da minha mãe para enfrentar a frieza das manhãs invernosas ou o stress acumulado de um final de tarde impaciente e rezingão.

Contudo, aprecio a forma como constantemente me sinto observado, é como se algo superior me acompanhasse. Não sei o que é, só sinto um firme e caloroso olhar que não me abandona e a brisa fresca de um bater de asas que me perfuma e me alivia. Não sei onde estás, nem quem serás, mas sonho com o dia em que me possa impôr à fraca vontade do meu corpo em construção e me possa virar para ti e contemplar-te. Tenho tanto para te agradecer. Vejo-te nos meus sonhos mais profundos, apareces-me como uma bonita visão que me faz sentir mais seguro e certo de que nada me fará mal porque tu estás aí, de olhos atentos a quem por mim passa e me toca.

Certa companhia que sempre desejei. Obrigada por me fazeres tão feliz.

sexta-feira, junho 15, 2007

Folhas


Relíquias que a Natureza desenhou. O trevo de quatro folhas traz-te sorte. Imagina o que uma destas te reserva...

quinta-feira, junho 14, 2007

Numa tarde de Primavera



Pipocas e cerejas numa chuvosa tarde de Primavera.
Sestas e preguiças numa possível tarde de Primavera
Bocejos e suspiros numa tristonha tarde de Primavera.
Pensamentos e reflexões numa chuvosa, possível e tristonha tarde de Primavera.

quarta-feira, junho 13, 2007

Sabores


Numa tenra tentiva de tudo provar
Envolta pelo impulso dos sentidos
Procurei nos meus desejos mais escondidos
Inesperados encontros numa mesa de jantar

Preciosos frutos do mar e da terra
Que a Natureza escolheu propositadamente
Mas nem toda a gente
A procura, a experimenta e a encerra

Línguas que tocam e exploram a medo
Percorrendo texturas e degustando iguarias
Que permanecem na memória por diversos dias
E que desejamos não terminem num gosto azedo

Tanta coisa ou tão pouca
Saboreada por quem se aventura a tal
Aceitando o desafio de um momento divinal
E que assim conhece o mundo, desta forma louca

terça-feira, junho 12, 2007

Escada sem corrimão


É uma escada em caracol
E que não tem corrimão.
Vai a caminho do Sol
Mas nunca passa do chão.

Os degraus, quanto mais altos,
Mais estragados estão,
Nem sustos nem sobressaltos
servem sequer de lição.

Quem tem medo não a sobe
Quem tem sonhos também não.
Há quem chegue a deitar fora
O lastro do coração.

Sobe-se numa corrida.
Corre-se p'rigos em vão.
Adivinhaste: é a vida
A escada sem corrimão.
DAVID MOURÃO-FERREIRA

Diálogos pela manhã



- Chatos dos pássaros de manhã não se calam. Acordo com eles e não consigo adormecer.
- Só estão a dar as boas vindas ao novo dia que se abre alegre para nós.

domingo, junho 10, 2007

De volta...


Terminados estão os dias alienados. Hoje fazem já parte de um passado recente, sinto-me marcada por isso. O início desta semana é adocicado, é feliz. A cabeça está descansada e o coração em reconciliação consigo próprio. O corpo reencontrou algum descanso, dormiu as horas que merecia, deu-se a preguiças como há muito não fazia. Luxos a que me dei numa brusca tentativa de procurar uma serenidade há muito perdida. Objectivo alcançado com sucesso. Espero pelos próximos episódios e pelos frutos desta oportunidade que não desperdicei.

quinta-feira, junho 07, 2007

Pelos caminhos de Portugal...


Estou de partida para fim de semana prolongado. Uma paragem que desejava há muito, sinto-a preciosa para conseguir responder com alguma dignidade aos próximos desafios. Espero conseguir a transparência possível para não ser vista ou reconhecida e a invisibilidade necessária para me sentir só no meio de quem por lá estiver. A cabeça vai cheia e cansada, um comum diálogo assemelha-se a uma bela anedota de tanta palavra trocada ou baralhada, sinais mais do que suficientes para comigo nada mais levar do que uns trapinhos na mala e um livro de cabeceira. Um caderno pesado de trabalhos de casa também me acompanhará - não suporto o peso da minha consciência trabalhada. Conforme os ventos e marés, logo verei o espaço que este terá nos próximos dias da minha vida. Pouco ou nada sei do que me espera. Nem quero saber, não o sinto importante... Interessa-me que me reencontre com alguma tranquilidade, naturalmente esquecida entre todos os deveres e obrigações. Motiva-me pensar que daqui sairei para um lugar desconhecido. Alegra-me a possibilidade de dar mais um passo de discernimento nos projectos que abracei.

Aqui vos espero no próximo Domingo. Deixo os votos de um excelente feriado e fim de semana. Até sempre...

terça-feira, junho 05, 2007

Vestida para amar


Uma rara peça de vestuário, criada por um competente estilista que a pensou e desenhou especialmente para aqueles que se amam. Muitos são enganados por falsas réplicas que algumas mais astutas apresentam como sendo peças genuínas. Não passam de meras aparências, fúteis e vazias. O perfume das autênticas é irresistível, viciante... Um aroma delicioso que nos faz querer o possível e o impossível, numa ânsia desmesurada. As mãos seguram o que tem para oferecer. Quando estas se deixarem perder no abraço que espera, todo o tecido cairá a seus pés. Lá permanecerá até de que dele se voltem a lembrar.

Posto está o vestido vermelho que ela escolheu para ti. Faz por merecê-lo. Fá-la feliz.

Luz condutora

Luz terna, suave, no meio da noite,
Leva-me mais longe...
Não tenho aqui morada permanente
Leva-me mais longe. Leva-me mais longe...
Hino das Completas

segunda-feira, junho 04, 2007

Requintes



- Posso servi-la?
- Concerteza. Sabe como aprecio a forma sensual com que me serve.
- Sei. Sinto-o. Faço-o porque é isso que você desperta em mim. Uma estranha vontade de cair aos seus pés e cobri-la com o que há de melhor.
- Então faça-o. Sou uma mulher com gostos requintados.

domingo, junho 03, 2007

Descasca-te


O Verão está a chegar. Descasca-te.
(Post pedido pela minha irmã.
Aqui está ele.)

sexta-feira, junho 01, 2007

No dia da criança



Lembra-te que um dia já o foste e que ela ainda pode viver dentro de ti. Não deixes apagar na totalidade a inocência e a novidade que só esses olhos e esse coração podem sentir.

Indignada


Volta à carga a Educação sexual às nossas crianças. Ontem assisti ao programa Sociedade Civil na RTP2 a propósito de um programa de desenhos animados de será exibido esta noite às 20h30 na mesma estação. Mostraram o filme que passarão (que pretende explicar às crianças como nascem os bebés) e posteriormente um grupo de entendidos debatia o assunto. O objectivo era o de ajudar os pais a decidir se deverão ver o filme com os filhos ou não. Estava presente o senhor Daniel Sampaio. Estou impressionadíssima com a falta de educação deste ser humano e com a intolerância perante opiniões divergentes às suas.

Eu não aconselho este filme a crianças com menos de 9/10 anos. Se tiverem oportunidade de o visualizar façam-no, como cidadãos que são, e vejam aquilo que querem dar às nossas crianças.

http://www.sociedade-civil.blogspot.com/