segunda-feira, dezembro 22, 2008

White Christmas


Uma pequena delícia de Natal...

sábado, dezembro 20, 2008

O amor acontece quando o Homem quiser



Adoro este filme! Estou deserta para o rever, agora que se aproxima a passos largos esta data tão bonita e tão quente...

terça-feira, dezembro 16, 2008

Interpretações


Será problema da nossa cabeça ou a Mãe Natureza também gosta de aprontar das suas?

domingo, dezembro 14, 2008

Love you


No amor, há duas vidas em jogo, há duas realidades, mas um único amor em comum que os une e que faz com que ambos sejam sempre vencemos. Isto no amor. No verdadeiro amor. No nosso amor.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Presépio

Nunca pensei que a escolha do presépio fosse uma coisa tão difícil. Dou voltas e mais voltas e nenhum preenche verdadeiramente a minha expectativa. Aliás, eu nunca pensei ter tanta expectativa e exigência. Olho para as imagens dos presépios e elas não me dizem nada, não me transmitem nada. Os olhares são vazios, olham um infinito com olhar perdido de quem não encontra nada. O presépio é precisamente o contrário! São imagens que até podem (e devem) apontar para o infinito, mas encontram. Sabem e sentem o que lá está. Nossa Senhora, que naturalmente sofreu e muito com as dores de parto, por norma nos presépios continua a olhar para o seu Filho com esse ar desgraçado, mais de Madalena arrependida do que de mãe do Salvador. José partilha das dores da sua esposa e ficam os dois com ar de coitados. Olho para os animais que acompanham o presépio (burro, vaca e ovelhas) e acho ridícula a desproporção entre eles e as figuras humanas. Vacas mais pequenas do que os humanos (bem mais pequenas). Ovelhas ao mesmo nível da vaca e do burro, numa espécie de estábulo de animais mutantes que sinceramente não têm descrição possível.
Pois bem, com isto quero eu dizer que no presépio espero encontrar uns pais felizes, realizados que olham e adoram o seu Filho. Quero reis magos com ar de contemplação (porque foi para isso que eles lá foram: para contemplar e adorar o Deus Menino), quero uma vaca e um burro proporcional em relação ao tamanho dos humanos, bem como as ovelhitas simpáticas do tamanho que lhes for merecido. Já percebi que isto será uma espécie de 007 e a Holly Family Perdida ou um Finding the Christmas Crib. Também já perdi a esperança que seja este ano. Por isso, até ver, tenho na minha árvore de Natal, um presépio infantil, feito em tecido que usava para brincar com as minhas crianças nas aulas de moral. Esse tem as expressões que quero e faz-me sentir bem quando olho para ele. Um presépio deve ser mais do que um elemento decorativo. Deve reflectir o tempo que vivemos, deve levar-nos à transformação.

quinta-feira, novembro 27, 2008

O adulto vai à pica





Caros adultos, para efectuarem a vossa inscrição no nosso Centro de Novas Oportunidades devem entregar uma cópia actualizada do vosso boletim de vacinas.
- Xiii, mas eu sei lá onde é que isso está agora.
- Pois, eu compreendo, mas precisamos disso.
Mais tarde aproxima-se outra senhora:
- Oh professora, desculpe o estado do meu boletim. Tem este aspecto estragado, mas não o consigo conservar.
- Minha senhora, não se preocupe com o estado do seu boletim. A senhora nem sonha o estado do meu: cheio de ferrugem dos agrafos degradados e uma cor amarelada, de papel velho. A história dos boletins é um mistério por desvendar.

quarta-feira, novembro 26, 2008

Dúvidas

Por que é que o caminho de regresso é sempre mais curto do que o caminho de ida?
Por que é que o boletim de vacinas (antigo) tem um aspecto tão vergonhoso?

quarta-feira, novembro 19, 2008



Quando finalmente temos aquilo que é nosso e preenchemos com aquilo que será nossa, não queremos que o conteúdo seja um mero remedeio, queremos que tudo seja escolhido ao pormenor, que tudo faça sentido e esteja interligado. Nesta selecção levamos os dias a pensar no assunto, pisamos quilómetros que corredores, repetidos corredores numa procura que não cansa, mas que revitaliza.

segunda-feira, novembro 17, 2008

No dia da cumplicidade


No dia em que te olho com olhos de ver e vejo no teu olhar além das fronteiras. Leio os sinais, leio as entrelinhas, leio tudo aquilo que me dás a ler sem quereres e a quereres porque não controlas e nem queres controlar porque já não é preciso. Já nada há a esconder.
Foi naquele dia em que parece que todas as dúvidas se dissiparam e que de uma vez por todas a vontade do para toda a vida se manifestou num mútuo acordo, num mútuo sorriso, num mútuo abraço que nunca mais foi o mesmo.
No dia presente sinto a tua presença ao meu lado em cada passo que dou. É uma presença amiga e companheira, é uma certeza do papel que assumes e significas para mim, é o tamanho da dimensão do compromisso que sempre desejei e que já concretizou e se continua a concretizar.
É no dia de amanhã que passarás a partilhar as noites frias de Inverno, com a tua presença quente, com o teu amor sincero que me acolherá e aconchegará nestes dias de trovoada e tempestade onde só tu serás o meu abrigo. O meu único abrigo. Único e amado abrigo. Aquele que desejo.

quinta-feira, novembro 13, 2008

Em oração

O que dirá nesta oração...

quarta-feira, novembro 12, 2008

Num SPA



Recebi de prenda de anos (já há uns meses) uma ida ao spa. Ah pois é! Fiquei logo toda entusiasmada com a ideia. O atraso da marcação foi apenas para poder acumular todos os momentos de stress da minha vida e estar carregada de tensões no dia em que lá fosse. Assim foi, deixei passar a defesa da tese, o arranque no novo emprego e pronto, agora seria a melhor altura para a descompressão. Lá fui eu para um programa de cerca de duas horas. Escolhi fazer esfoliação e tratamento de pele à base de chocolate, seguida de uma massagem relaxante. Também queriam não é? ;) Lá fui eu feliz e contente para a minha primeira experiência de spa.

- Bom dia, tenho maracada uma sessão agora.

- Sim, claro. Preencha só este papel e depois venha comigo.

Lá preenchi o cartãozinho e segui a senhora até à sala. Estava aquecida e muito bem decorada. Ardiam velas espalhadas, cheirava bem e tinha daquelas músicas de fundo que só nos fazem fechar os olhos e hibernar.

- Agora a senhora vai tirar a roupa, mete esta touca na cabeça e deita-se nesta cama de barriga para baixo.

Lá fiz o que a senhora me pediu. Ela entretanto entra e começa a esfoliação. De imediato o cheiro a chocolate me entrou pelo nariz e a sensação de estar no paraíso dos gulosos depressa se apoderou de mim. De seguida diz-me a rapariga

- Agora vou fazer de si um brigadeiro gigante!

Emiti uma gargalhada, deixei escapar um "vamos a isso!" e pensei para comigo "mais ainda?". Olhei para o meu corpo antes desse banho de chocolate e toda eu estava coberta de pepitas de chocolate com um aspecto delicioso. A rapariga lá estava de volta da mousse que preparava para me barrar. E lá começou a espalhar o preparado sobre mim. A sensação é muito engraçada. Depois de toda coberta ela envolve-me num plástico gigante. Entre um e outro sorriso comento com ela "sou uma múmia de chocolate"! E era de facto... Ela põe-me um cobertor por cima e lá me deixa deitada a descansar enquanto o chocolate de apodera dos meus poros. Algum tempo depois, ela volta e manda-me para o duche. De banhinho tomado só faltava a massagem relaxante que se prolongou por uns bons 45 minutos, de uma ponta à outra. Valeu mesmo a pena. Quando já quase nem me mexia de tão mole que estava a senhora traz-me um chá e convida-me a ficar ali deitada a descansar enquanto bebia o chá. Terminado isto, vesti-me e fui-me embora com uma sensação de alívio, uma enorme leveza e a espalhar um cheiro a chocolate irresistível. Cheguei a casa e vinguei-me numa caixa de chocolates que lá tinha. Isto de estar coberta de chocolate e nem o provar, não foi tarefa fácil....

terça-feira, novembro 04, 2008

Nas novas oportunidades


Entra uma senhora pela sala, encolhinha, acanhada e envergonhada.
- Boa tarde minha senhora, entre, faça favor, diga o que a traz por cá.
- Olhe professora, é que eu... É que eu... Eu... Eu tinha-me inscrito nas novas oportunidades para acabar o ensino básico, mas... Já não posso vir, quero desistir.
- Então, mas porquê? Faz-lhe tanta falta.
- Pois, mas eu fiquei desempregada e não tenho dinheiro para pagar os livros. - diz-me com os olhos cravados no chão de vergonha.
- Olhe para mim - peço-lhe com um sorriso - a senhora aqui não vai precisar de livros, não precisa de pagar nada. Não abandone o seu sonho.
- Ai, professora, obrigada... - diz-me de lágrimas nos olhos.
- Vá lá, não chore. Sorria que temos motivos para isso.

quinta-feira, outubro 30, 2008

My place, your place


Num espaço tão curto de tempo e tantas coisas na minha vida, tantos novos desafios. Preparo-me para um dos maiores desafios da vida. Aquele que todos desejamos que seja eterno e sempre feliz. A cabeça já só pensa nisso. Na preparação do espaço a que um dia chamarei meu.

terça-feira, outubro 28, 2008

Sonho ou realidade

É contigo que vou realizar um dos maiores sonhos da minha vida.

sexta-feira, outubro 24, 2008

Ambientes viciados


Hoje venho para fim de semana com a triste sensação dos vícios de alguns ambientes essencialmente femininos. A forma como as pessoas podem ser más umas para as outras, as invejas que se criam, a necessidade de patroas e empregadas. Por norma fico sempre à margem destas tricas porque não ando a reparar em ninguém e muito menos entro em jogos, mas o ambiente que se cria é muito complicado de ignorar e nestas coisas já se sabe: leva tudo por tabela. Eu estive ausente dois dias a propósito da defesa da tese e hoje quando chego está tudo em pé de guerra. Cheira-me que Segunda-feira o caldo vai entornar. Fico mesmo assustada com a incapacidade das pessoas de trabalharem em conjunto, respeitando-se os espaços. Vamos lá ver no que vai esta história acabar.

quinta-feira, outubro 23, 2008

Terminado



Hoje vi fechar mais um ciclo. Terminei mais um projecto. Concretizei um sonho. Alcancei um objectivo. Partilhei as minhas opiniões. Realizei um desejo. Fechei este episódio com chave de ouro, apesar da insistência de uma orientadora que não foi capaz de cumprir as suas responsabilidades e, nomomento da verdade e da defesa, teimou em continuar com a mesma atitude arrogante e pouco profissional. O seu papel no meu júri era o que opinar sobre o trabalho desenvolvido, o grosso das perguntas seria feito pelo professor convidado, externo à escola. A minha orientadora (supostamente) seria o elemento que me defenderia. Assim não foi. Quando chega a sua vez, os meus ombros automaticamente relaxaram porque o pior (supostamente) já teria passado, agora era ouvir o seu parecer sobre o trabalho desenvolvido. Qual não é o meu espanto, o de todos os presentes e o do resto do júri quando ela desata a fazer perguntas claramente na tentativa de me derrotar. Foi ela quem acabou por sair mal nesta história, consegui-me defender e os outros elementos do júri colocaram-se do meu lado também. Sai da sala a chamá-la pelos nomes mais incríveis que podem existir, mas no final consegui a nota que pretendia e tudo acabou em bem e em paz. Foi uma etapa sofrida, muito sofrida, até ao último segundo, mas foi uma etapa conquistada.

quarta-feira, outubro 22, 2008

Silêncio



Calei-me outra vez. Andei na correria da adapação à nova situação profissional, ontem morreu o pai de uma das minhas melhores amigas, amanhã defendo finalmente a tese... Têm sido uns dias absorventes. No fim de semana fugi para longe, bem longe com quem mais importa e com quem mais desejo estar. Foram dias cheios de tudo o que mais preciso, uma verdadeira lufada de ar fresco para o que me esperava nesta semana. Tive e vivi aquilo que quero para todos os meus dias. Amanhã tenho o grande dia e as mãos teimam em permanecer geladas e os nervos a acumular. Será o que tiver de ser. Calei-me, mas espero não me voltar a calar.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Nova etapa

Ns próximos três anos vou trabalhar como profissional de RVCC num Centro de Novas Oportunidades. Em igualdade de circunstâncias num concurso público fui seleccionada e decidi aceitar este projecto e sentir que participo numa coisa com princípio, meio e fim. Estamos a dar os primeiros passos, a conhecer as pessoas, a pesar metas e a percebermos aquilo que nos espera. Estou entusiasmada com a ideia, apesar de sentir que começo pouco carregada de energias. A espera pela minha colocação e a ansiedade da incerteza do meu futuro roubou-me a força de quem quer começar. Espero que com a continuidade me sinta novamente envolvida e que depressa esqueça o último mês. É com optimismo que espalho esta boa notícia.

domingo, outubro 12, 2008

Bem mais precioso


Quis o tempo e o destino que te encontrasse e te tornasses no meu bem mais precioso. Quando dei conta já pulsavas dentro de mim, já contava os segundos para te encontrar. No dia em que te abracei foi para não mais te deixar e te entregar todo o amor do mundo possível de ser entregue, vivido e sentido por um ser humano. E assim tem sido e que bom que é que assim seja.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Vida de professor


Hoje é um daqueles dias em que toda a opção de vida de professora chateia, irrita e frustra. A constante incógnita do que o ano reserva, a escravidão das prioridades do concurso e tempo de serviço, a vontade de fazermos o que gostamos e a dificuldade de vermos isso concretizado. Por outro lado é difícil de explicar a razão das nossas opções, o porquê de parecermos sempre tão saltitantes, no fundo as razões que nos movem numa ou noutra direcção. A verdade é que a vida em nada nos é facilitada e acabamos por entrar num círculo louco de incertezas. Hoje é um daqueles dias em que se sinto cansada, verdadeiramente triste e cansada.

terça-feira, outubro 07, 2008

Cortina ou cortinado


A cortina devolve-nos a privacidade tirada pela janela nua. Ela filtra-nos o sol, abafa-nos a luz, impede-nos de percebermos a vida que acontece lá fora. Cá dentro estamos nós e os nossos afazeres. Vestidos com as nossas roupas domingueiras ou apenas despidos delas só porque a vontade de nos passearmos e sentirmos livres, nos faz desfilar pelos quartos da casa sem medo ou pudor. A cortina é nossa aliada, nenhum indivíduo indesejado conseguirá ultrapassar esta barreira. É na cortina que tantas vezes procuramos os predadores que à noite nos atacam: melgas. Abanamo-las na esperança de que este animal as tenha sentido como um porto seguro e mais uma vez a aliada cortina estará do nosso lado, para nos ajudar a revelar este intruso. Hoje dedico este post à cortina que todos os dias acolhe o meu braço direito quando aqui me sento ao computador. É para ti que olho tantas e tantas vezes quando as palavras não me ocorrem, quando as ideias não me agradam, quando te procupo na esperança que me safes também nestes pequenos momentos.

domingo, outubro 05, 2008

Porque te amo


Acorda meu amor, olha à tua volta. Vês como o mundo te parece tão diferente, tão mais feliz, tão mais cheio de tudo só porque os nossos corações se juntaram. A vida tem vida e é vida e mais vida graças a ti. A noite adormece com o suspirar do meu peito por ti. O dia acorda contigo que adormeceste, dormiste, acordas e vives dentro de mim. As cores são mais garridas e os olfatos mais doces porque os olhos olham com amor. Podes voltar a adormecer minha vida que adormecerei logo depois de ti. Acordaremos entretanto a meio da noite quando nos encontrarmos no sonho que não tem barreiras. Assim passaremos o resto do nosso descanso: abraçados e felizes.

quinta-feira, outubro 02, 2008

Hoje

Há uns tempos que namorava um vestido preto. Do dia de hoje não passou. Gostei do que vi no espelho e veio comigo. Saí de casa e fui pintar as unhas. Foi um bocadinho de dia para mim. Aproveito para escrever porque estou afónica, assim sempre poupo a voz para as aulas de amanhã.

terça-feira, setembro 30, 2008

24h depois


O bom filho à casa torna. O "bolinhas" foi encontrado a noite passada no Pendão. Foi claramente roubado por miúdos que andaram no rally com ele até acabar a gasolina. Depois estacionaram-no perto das suas casas e já o deixaram. Estava cheio de lama (por dentro e por fora) e com aspecto de quem não temia nada nem ninguém e levava tudo atrás. Não está nada aparentemente partido. Valeu pelo susto e pela tristeza de não saber nada dele. Agora está na garagem, longe dos olhares dessa gente perdida e infeliz.

segunda-feira, setembro 29, 2008

Carro roubado

Pois é, esta noite um larápio qualquer engraçou com a nossa viatura. Foi um fiat uno com um bom par de anos que ao que parece é fácil de roubar. Ele lá se aguentou à bronca este tempo todo, mas lá chegou a sua hora de ser violentado como outro qualquer. A razão é-nos conhecida, o alarme que sempre o safou avariou e isso foi a morte do artista. Ainda não temos notícias do "bolinhas" como carinhosamente o chamavamos e a sensação de não fazermos ideia de como se encontro é um misto de estrangulamento, impotência e tristeza. Afinal de contas, foi nele que dei as minhas primeiras voltas e fiz as minhas primeiras asneiras, mas cá estava pronto para as curvas. Foi com ele também que apanhei os primeiros sustos. Eu, a minha irmã e a minha mãe. Resumindo e concluindo, era praticamente um membro (inanimado) da família. Esperamos que seja brevemente encontrado. Darei mais notícias logo que eu as tenha também.

sábado, setembro 27, 2008

Identidade


Uma identidade faz-se de um nome, de um rosto. É pelo nome que respondemos quando o ouvimos ser gritado pela rua. Até pode nem ser para nós, mas rapidamente acudimos à procura de quem poderá estar a chamar por nós. Temos muitas vezes medo de dar a cara ao compromisso, pois é o rosto de ficará associado àquele momento, àquela situação. E é desta forma que se vai construindo a identidade, através de um nome, através de uma imagem, posteriormente através das opções que se fazem, dos valores que se defendem e dos desafios que se abraçam. É assim que nasce um grupo. É assim que se começa uma unidade.

quarta-feira, setembro 24, 2008

terça-feira, setembro 23, 2008

O portátil da pequenada


Tenho andado calada. A cabeça anda noutro lado e nem sempre me consigo concentrar para escrever alguma coisa. Hoje deixo um comentário engraçado que encontrei num forum de professores (educare) a propósito do computador portátil Magalhães, que foi hoje entregue a algumas crianças.


"Primeiro foi o Sr. Valentim Loureiro a distribuir electrodomésticos, antes das eleições. Agora são estes com o Magalhães...Já há pais e alunos ávidos por adquirirem o magalhães! O assunto principal é o magalhães! A meta é o magalhães! A vida não tem sentido sem o magalhães! Até causa arrepios pensar como tudo seria sem o magalhães! Aqui para nós: alguns falam em facilitismos. Mas não...Todos os meninos e meninas deverão ter o magalhães e saber mexer nele, se quiserem transitar de ano! Poderá objectar-se que muitos já têm computador. Mas deve-se responder a isso que não importa! O que importa é ter o magalhães e saber mexer nele! O magalhães é que está a dar! O futuro de Portugal passa pelo magalhães! Tudo pelo magalhães, nada contra o magalhães! Em breve, serão construídos altares em honra do magalhães! Serão criados serviços especiais de urgência para casos em que o magalhães seja roubado, uma vez que depois de se ter o magalhães, a vida é simplesmente impossível sem ele! Há quem diga que o magalhães não é verdadeiramente português, que não tem leitor de CD'S e que a resolução deixa a desejar. Será? Acho que são vozes agoirentas que tentam remar contra a inevitabilidade do império do magalhães! O magalhães é a maior descoberta alguma vez feita! O assunto do dia nas escolas, em casa, nos cafés, na praia, no campo, no carro,enfim, seja lá onde for, deve e deverá ser o magalhães! Lembram-se daquela cantilena do boca doce? O boca doce é bom é, diz o avô e diz o bébé. A partir de agora, será substituida pelo seguinte: o magalhães é bom é, diz o avô e diz o bébé!...E dizia Fernando Pessoa, com uma lucidez única: Ó Portugal, hoje és nevoeiro!"
por analista educacional, 2008.09.23 14:31:40

terça-feira, setembro 16, 2008

Um novo habitante

Temos um novo habitante cá por casa. É um periquito amarelo muito lindo. É pequenino ainda, mas já come sozinho, que é um alívio enorme! Estou a tentar domesticá-lo, anda comigo sempre que posso, dou-lhe sementes para que coma na minha mão e faço-lhe festinhas... É o primeiro periquito que tenho e estou contente com a experiência que espero que seja das mais felizes. São coisas como estas que pintam a nossa vida com as cores do arco-íris.

sábado, setembro 13, 2008

Decisões decisivas


Andei calada nos últimos dias. Sai colocação de professores, não sai, há vaga, não há, arrisca aqui, arrisca ali. O certo é que eu estava num colégio e não estava bem, estava inquieta e até um bocado infeliz. Por um lado pesava-me saber que tinha emprego e há tantos que não têm, por outro via oferecerem-me um sem número de obrigações e a minha vida parecia andar para trás. Trabalho sim, escravidão não. E por fidelidade ao meu coração e às coisas em que acredito, antes de ser apresentada aos miúdos, despedi-me. Se por um lado estou em paz comigo e com o que fiz, por outro custa-me largar um projecto (mesmo eu não acreditando nele), mas como sempre importa-me a minha fidelidade e a minha consciência, mesmo que isso me traga (temporariamente e a curto prazo) o amargo de boca que sinto.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Quero um balão...


Quem é que ainda hoje não se delicia com um banho de balões coloridos e saltitões? Os olhos também depressa transmitem ao cérebro uma espécie de inquietude que só nos faz desejar que eles nos ataquem para os podermos atirar ao ar e rirmos até doer a barriga. Entrarmos num jogo de toques e abraços arrepiados àquela borracha cheia de ar. Depois vem o medo de no meio da confusão rebentarmos um balão. Aquele estrondo repentino e ensurdecedor arrepia só de pensar. É o salto que atiramos, o coração que dispara e parece querer saltar pela boca. Quero um balão agarrado ao pulso e às cabeçadas a tudo o que encontra. Quero um balão que se liberta do meu pulso e atinge o infinito, deixando-me de lágrima no olho porque me abandonou, mas feliz porque vê-lo voar tão alto é tão especial. Quero uma piscina de balões para me atirar e brincar até fartar. Quero-o porque me faz lembrar o tempo em que o queria.

terça-feira, setembro 09, 2008

Olhares


Quem sou para ti?

segunda-feira, setembro 08, 2008

A unha é que paga


Já o nosso amigo António Variações dizia, e com toda a razão, que quando a cabeça não tem juízo o corpo (e a unha) é que paga(m). Esta tentação de levar a mão à boca quando as ideias não estão em ordem ou quando o nervosismo nos ataca é terrível. Eu contra mim falo, depois de uma intensa cura para perder este enorme vício, quando me sinto aflita com alguma situação só faço asneiras aos meus dedos. Depois olho-me num estado miserável e caio em mim em outra vez. É uma luta interior grande que espero perder. Como a marioria das mulheres, sou uma pessoa que repara nas mãos, como estão, se estão bonitas ou não e depois assassino-me sem dó nem piedade nas alturas mais críticas. Sei ainda que na profissão que tenho as mãos são um alvo de atenções: quando escrevo, quando assino, quando aponto para o trabalho de um aluno, enfim... A toda a hora e momento os meus dedos são expostos a apreciação externa mais ou menos críticas, mas são. Deixo uma homenagem sincera a quem não tem este vício. Eu também não queria ter...

domingo, setembro 07, 2008

Ontem hoje e amanhã

Escuta o silêncio que faz dentro de ti. Ouve as vozes concordantes e discordantes que habitam o teu pensamento, a chuva de prós e contras. São estas ideias que te ajudarão na decisão mais acertada, perante uma consciência tranquila e decidida. Amanhã até pode não dar certo, mas pelo sabes porque fizeste hoje esta opção.

quinta-feira, setembro 04, 2008

Adivinha


Que pessoa é, quem é ela, com quem desejas sempre estar, com quem não te cansas de conversar, a quem não tens nada a esconder, em quem podes confiar cegamente e que faz literalmente parte de ti? Sabes que é? Sabes, sabes, sabes? Eu sei!

terça-feira, setembro 02, 2008

(Re)educação

Deitar a língua de fora é feio. Não se faz!

segunda-feira, setembro 01, 2008

Novo ano lectivo


Hoje foi dia de escola. Das obras os espaços cheiram a novo, as caras são todas novas para mim. Tudo é novo, tudo parece estranho. Algumas crianças aproximam-se curiosas com a minha cara nova por aquelas bandas "quem és?", "vais ser minha professora?", sorrio para elas sem saber bem o que lhes dizer: "vamos ver se entro pela tua sala de surpresa" e deixo-a também na expectativa da minha chegada ou não. Foi bom sentir o pulsar de um novo ano lectivo acabadinho de começar. É sempre violento estar completamente deslocada quando desejava reconhecer todas as caras que se aproximam e identificar cada um pelo seu próprio nome. O tempo o dirá. O tempo o dirá.

domingo, agosto 31, 2008

Toda a verdade


Verdadeiramente feliz.
Efectivamente cheia de ti.

sábado, agosto 30, 2008

Gatinho


Gatinho querido,

é irresistível a forma meiga que apresentas, a serenidade nos teus passos firmes e suaves, deslizas quando te aproximas de mim e te roças nos meus pés. Depressa acorro a tocar-te também. Por uns instantes conseguimos uns momentos só nossos, num trocar de intimidades e cuidados que apetecem multiplicar. O teu olhar comunica o que sentes e é desta maneira que trocamos as nossas mensagens, que não se dizem, mas mostram-se e sentem-se. Terminado o tempo aninhas-te aconchegado e feliz. Também me encosto sossegada e feliz. Espero, esperamos ambos pelo nosso próximo momento.

sexta-feira, agosto 29, 2008

quinta-feira, agosto 28, 2008

Vida de professor


Forcei-me nos últimos a não pensar em nada que tivesse a ver com escola, colocação ou não colocação, colégio ou externato ou escola pública: nada. A verdade é que amanhã (ou ainda hoje para os mais optimistas) saem as primeiras listas de colocação. Estas não me trarão grande novidade porque dada a minha posição na extensa lista, não fico colocada de certeza, mas isto significa o arranque de um novo ano lectivo e a incerteza do que me espera. Sinto logo um nó na garganta. Sei que Segunda-feira (em princípio) trará a definição da minha situação e por isso até lá farei por pensar o menos possível nisto, mas não pude deixar de comentar aqui a preocupação que, pela primeira vez, tomou conta de mim.

quarta-feira, agosto 27, 2008

Palavras


As palavras escritas talvez não signifiquem grande coisa ou coisa nenhuma, mas serão certamente um alívio à alma, um encarar da verdade, um oficializar de pensamentos. No fundo uma chuva de ideias que mais do que viverem no abstracto do pensamento, desejas que vivam concretas no papel. Muitas, inúmeros e incontáveis vezes vão parar ao fundo mais escondido de uma gaveta, ao infinito de um papelão que levarão estas mesmas palavras à reciclagem de outras e tantas outras que certamente farão parte de cabeças pensadoras que não falam, mas escrevem. Umas materializam-se em forma de carta, outras de diálogo, página confidente de diário secreto, em prosa ou poesia, não importa o como importa o porquê. Importas tu e as palavras que vivem dentro de ti e te saem da cabeça directamente para o papel. Importam as mensagens que queres passar ou queres apenas desabafar a um destinário qualquer, que mais provavelmente destinarás a ti próprio. Não por vergonha, mas apenas porque a ti pertencem. Não chores as palavras que guardaste ou deitaste fora, cumpriram a sua missão no momento em que as juntaste codificadas para ti. Para teu alívio ou tua satisfação.

terça-feira, agosto 26, 2008

segunda-feira, agosto 25, 2008

Lua


És o ícone da noite, és influencia nas nossas vidas, ditas as marés e marinheiros, prendes os nossos olhares, delicias os nossos serões, espantas pela forma como te apresentas, deixas saudade quando não te encontramos, inspiras os amantes, és de tantos confidente, de outros tantos conselheira, de muitos outros motor de vida ou de morte. Não há quem nunca tenha parado só para te admirar: nos eclipses fixas atenções, cheia iluminas as noites escuras, transparente desafias-nos à tua procura. Não és indiferente a ninguém. Não és estranha. És a companheira fiel de todas as noites.

domingo, agosto 24, 2008

Dias


Há dias que nos reservam alegrias, sorrisos, boa disposição. Outros reservam-nos filas de trânsito intermináveis, semáforos vermelhos e condutores com pouca educação. Noutros o trabalho corre lindamente, noutros é só assim-assim, noutros então nada corre nada bem e só desejamos que acabe o mais depressa possível. Noutros dias estamos sozinhos no banco triste que também estava sozinho. Noutros dias há quem partilhe o banco connosco. Nuns dias as nossas mãos abraçam-se uma à outra sozinhas, noutras abraçam a mão que desejam abraçar. De manhã quando o despertador toca nunca sonhamos para o que estamos reservados. O dia hoje reservou-me uma chuva de sorrisos e boa disposição, um trânsito fluente e sem problemas, uma praia cheia de gente, uma mão bem abraçada, a melhor companhia do mundo e a alegria de um dia sereno e tranquilo porque é esta a vida que quero para mim. Tranquila, serena e contigo.

sexta-feira, agosto 22, 2008

Conta-me como foi

Descobri esta série da RTP há algum tempo e confesso a simpatia que sinto por ela. É uma série que representa a sociedade portuguesa em 1969 e, tanto quanto pude apurar, trouxemos a ideia de uma versão espanhola. O conceito é engraçado e a execução não fica atrás. Gosto particularmente do miúdo mais novo e das teorias daquela criança Da altura que tenta gerir o que vê, com a vida familiar, com a pressão da escola e natural influência da igreja e dos seus ensinamentos (e privações). Deixo um excerto do episódio.

quarta-feira, agosto 20, 2008

Como um bailado


Dança, dança bailarina
que os pés escrevem poemas
quando te deixas embalar pela música
que toca na tua cabeça.
Desenhas serpentinas
nos teus suaves movimentos.
Rasgas sorrisos e despertas invejas
de quem queria voar como tu
brincar como tu
ser livre como tu és livre
quando calças as tuas sapatilhas
e te deixas levar pela música
que toca na tua cabeça.

terça-feira, agosto 19, 2008

Morenaça


Actividade privilegiada nesta altura do ano: grelhar.

domingo, agosto 17, 2008

Relógio biológico


E no teu, que horas são?

sábado, agosto 16, 2008

I've kissed a girl - Kate Pery

Ouvi esta música no rádio e não queria acreditar nesta letra. Só se lembram de passar ideias estúpidas. Fez-me lembrar os Morangos com Açucar que vi esta semana. É raro, mas uma vez no ano e sempre nas férias (porque será?) vejo para ficar com noção do que lá se passa. Esta semana uma rapariga raptou o rapaz e queria engravidar dele. Enfim, conhecidos e reconhecidos os problemas de gravidezes na adolescência e sabida a vulnerabilidade destas idades e a intensidade das paixões que vivem (e a dificuldade em medirem as consequências reais daquilo que fazem) dão estes exemplos. Não podia deixar de aqui comentar a minha preocupação. Deixo a música e a letra.

This was never the way I planned
Not my intention
I got so brave, drink in hand
Lost my discretion
It's not what, I'm used to
Just wanna try you on
I'm curious for you
Caught my attention

I kissed a girl and I liked it
The taste of her cherry chapstick
I kissed a girl just to try it
I hope my boyfriend don't mind it
It felt so wrong
It felt so right
Don't mean I'm in love tonight
I kissed a girl and I liked it
I liked it

No, I don't even know your name
It doesn't matter
Your my experimental game
Just human nature
It's not what good girls do
Not how they should behave
My head gets so confused
Hard to obey

I kissed a girl and I liked it
The taste of her cherry chapstick
I kissed a girl just to try it
I hope my boyfriend don't mind it
It felt so wrong
It felt so right
Don't mean I'm in love tonight
I kissed a girl and I liked it
I liked it

Us girls we are so magical
Soft skin, red lips, so kissable
Hard to resist so touchable
Too good to deny it
Ain't no big deal, it's innocent

I kissed a girl and I liked it
The taste of her cherry chapstick
I kissed a girl just to try it
I hope my boyfriend don't mind it
It felt so wrong
It felt so right
Don't mean I'm in love tonight
I kissed a girl and I liked it
I liked it

Porque ele existe

- Mais alguém tem alguma coisa a acrescentar?
- Não, nada. Está tudo dito.

quinta-feira, agosto 14, 2008

Preparativos


O dia hoje foi mais uma vez para mim. Dediquei-me às mais femininas acções da depilação à unha pintada até ao desfile por casa de vestido e salto alto. Amanhã é dia de festa.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Imagens felizes


Há lá imagem mais feliz e mais doce que a de uma criança que descobre o mundo, explora o espaço, interpreta as imagens, cria o que vê e o que sente e se multiplica em ternura e inocência. Nós que vemos, somos invadidos e contagiados por elas. Somos crianças outra vez.

terça-feira, agosto 12, 2008

De férias


Parece que estou de volta outra vez. Queria ter aqui anunciado a minha ausência para umas férias merecidas. Na verdade foram só uns dias fora, uma ida até terras algarvias. A verdade é que o "nosso" cantinho no Algarve é calmo, mesmo nesta altura de congestionamento. Os dias foram muito bem passados, a praia estava excelente e o coração cheio de coisas boas. A cabeça ficou limpa, sem nada, exactamente como eu queria. Estou de volta e em mim carrego uma paz indescritível. Sim, outro momento de paz. Que bom encontrar-me e reencontrar-me comigo e com a paz com que desejo viver. Estou irremediavelmente feliz.

terça-feira, agosto 05, 2008

Uma carta do futuro


O post de hoje foi sugerido por dois amigos (e por isso é-lhes dedicado). Neste site temos a possibilidade de escrever uma carta que será guardada pelo site e posteriormente ser-nos-á enviada na data que desejarmos (um ano depois, 2, 3... Enfim, a data limite é 2037). A ideia é de recebermos algo escrito por nós próprios, numa altura em que já nem nos lembravamos que o tinhamos feito e somos surpreendidos por nós próprios, por aquilo que éramos, pelo que fazíamos, tudo dependerá do conteúdo da nossa carta. A experiência parece interessante, apesar de poder acarretar alguns problemas se, por exemplo, formos muito pormenorizados ou entrarmos em detalhes expectativas para o futuro e desejos que, anos(s) mais tarde quando recebemos, percebemos que não se concretizaram causando alguma frustração ou desânimo. Fica a sugestão para quem se quiser aventurar e a divulgação do site que nunca é demais saber o que a Internet tem para nos oferecer: http://www.futureme.org/

segunda-feira, agosto 04, 2008

Casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão


As discussões entre pessoas que se amam são das mais dolorosas que há. A razão é simples, as trocas de palavras e argumentos magoam efectivamente muito porque as pessoas são especiais e dizem-nos muito. A mesma conversa da boca de um estranho ser-nos-ia indiferente, dita por este alguém dói, ofende e custa muito a perdoar. Esta é uma situação igualmente complicada de gerir porque há pessoas que tendo consciência disto aproveitam-se para magoarem ainda mais. É eu ter uma pedra na mão e saber que se a atirar à cabeça de uma pessoa com quanta força tenho que de certeza o deixarei muito mal tratado e ainda assim o faço consciente e com intenção. O resultado é naturalmente o pior possível por isso não sei se vale a pena entrar neste tipo de jogo em nada produtivo (bem pelo contrário) e tão desgastante para ambas as partes.

sábado, agosto 02, 2008

Cadeia alimentar


O perturbante destino de uma maçã.
Por comer e já comida.
Primeiro uma maçã. Depois um mero caroço.

sexta-feira, agosto 01, 2008

Até amanhã


Os momentos mais tristes da minha vida?
São aqueles que me separam de ti com um beijinho de até amanhã.