sábado, janeiro 12, 2008

(In)Decisões


As fases mais difíceis são as fases de decisão: quando vamos para o ensino secundário e estamos na dúvida sobre a área que devemos escolher, se será mais benéfico um ensino regular, se um mais profissional. Depois vem a altura da entrada para a faculdade: que curso, que faculdade, que exames, que requisitos necessários... Passamos horas em pesquisas sobre aquilo que será melhor para nós. Terminada a faculdade é tempo de arregaçar as mangas e ir à luta com o canudo na mão. Bater de porta em porta à procura de oportunidade de emprego que desejamos que seja compensatória e realizadora. Nisto vão passando uns anos e com isto esperamos conseguir a estabilidade necessária para um dia podermos fazer a nossa própria vida. A essas escolhas juntam-se outras, a escolha das pessoas que interessam na nossa vida, que queremos que permaneçam para sempre. Para muitos também a escolha de um parceiro para a vida. Nunca gostei muito daquela coisa do relógio biológico, achava estranha a conversa, talvez porque eu não a compreendia. Hoje sei o que isso é. Mas nem tudo está ao alcance de uma vontade ou de um estalar de dedos. Estas decisões, estes passos não podem ser dados ou planeados de cabeça quente, sob pena de nos trazer um amargo de boca difícil de curar.

Nestas fases que implicam decisões para a vida ficamos sem sono, só sonhamos com o assunto, dói-nos a barriga, não temos um minuto de paz. Mas uma vez tomada a decisão, temos de apagar da memória todas as outras hipóteses e concentrarmos os nossos esforços naquilo que optámos. Teimosos, sim, mas só naquilo que realmente valer a pena.

1 comentário:

Vamilosi disse...

Se formos teimosos naquilo que realmente valer a pena, não somos teimosos, mas sim persistentes.