segunda-feira, junho 30, 2008

Um novo acordar


Amanhã como é habitual o despertador tocará à hora que eu mandar. Mas amanhã quero que ele ao invés de me berrar aos ouvidos e me sobressaltar quando ainda mal consigo abrir os olhos porque estava certamente bem acompanhada entre o sono e um sonho, sei que me sussurrará palavras de incentivo e louvor. Qualquer coisa do género "sim, eu sei que estava a ser bom, mas tens um pequeno-almoço à tua espera, uma banheira com água quentinha, uma escova de dentes e uma pasta de mentol deliciosas. Já pensaste que bom que é ter trabalho e passares o dia inteiro em tarefas interessantes? Os teus colegas têm um sorriso para ti e o conselho executivo já te avaliou senhora professora e deu-te pelo menos "bom" de certeza. Neste dia encontrarás ainda o teu amor, não há trânsito e o rádio programou as tuas músicas preferidas. Anda daí que a vida lá fora reservou coisas bem melhores". Assim vou decididamente saltar da cama cheia de vontade de começar mais um dia. Sei que não há outra hipótese, mas não gosto nada de ser acordada por um despertador. Não há nada melhor do que acordarmos por nós próprios quando o nosso corpo acha que já descansou o que precisava. Sem stresses nem pressas. O dia começa ao nosso ritmo e mediante a nossa necessidade. Sei que não o ofendo o despertador se o chamar desumano, mas sei também que ele é um mal necessário...

domingo, junho 29, 2008

Na discoteca Tamariz

Ontem à noite fui até à discoteca do Tamariz. Já lá tinha ido há uns cinco anos atrás e há algum tempo que desejava lá voltar. Só está aberta nos meses de Verão e ontem a noite só fazia apetecer qualquer coisa daquele género e lá fomos nós. Chegámos cedíssimo (por volta da meia-noite mais coisa menos coisa), mas decidimos entrar e fazer tempo por lá. Como é colada à praia a vista é muito interessante e passámos um bom momento ali sentadinhos na varanda. Quando nos apercebemos as filas para entrar eram enormes e aos poucos o espaço enchia-se de gente de todas as maneiras e feitios. A noite foi para dançar e descontrair. Às 3h30 deram as badaladas da ciderela quando as pessoas praticamente já não se mexiam de tão atolado que estava o espaço. É o único problema que ponho porque de facto era um exagero de pessoas, já para não falar nas filas intermináveis que a essa hora ainda aguardavam entrada. Viemos embora com uma boa sensação de um bocado bem passado. Valeu muito a pena!

sábado, junho 28, 2008

Doces sensações


Há mergulhos perfumados em que se trocam sabores e se invadem vontades. São mares calmos e quentes onde apetece ficar para sempre. Deixamo-nos envolver lentamente pelo melaço que vai cobrindo e acariciando a pele. É um banho de caldos de açúcar e mel, doces, muito doces e muito nossos.

quinta-feira, junho 26, 2008

Liberdade


Há lá coincidência mais deliciosa que a liberdade de dois humanos livremente os unir num amor liberto e feliz. O acaso destes dois amantes se cruzarem em momentos oportunos que livremente os ligou a um amor, que em liberdade sustentam e que se quer libertador.

terça-feira, junho 24, 2008

Último dia de aulas


Hoje foi um dia particularmente cansativo para mim. Foi o último dia de aulas. Pela primeira vez estive com crianças durante o dia e adultos à noite. São universos completamente diferentes, mas igualmente desafiantes. Adorei este ano lectivo. Os adultos sabem que para o ano não estaremos juntos outra vez, criaram-se laços, partilharam-se experiências e medos. Na "hora do adeus" todos sabemos que aquelas pessoas que já faziam parte da rotina desaparecerão. As lágrimas corriam pelos rostos de todos e os abraços manifestavam o carinho e respeito que se criaram entre as pessoas. Saí destas salas com a sensação que alguns nunca mais me esquecerão como eu não esquecerei aquelas pessoas que me ensinaram tanta coisa. Adultos com idade dos meus pais e avós que voltaram à escola e que me mostraram que nunca é tarde para realizar um sonho, concretizar um desejo. Sei também que a vida dá oportunidades a quem merece. Muitos iam cansados, doentes, deixavam os maridos/esposas e filhos em casa com muito custo, mas não deixaram de acreditar e de me motivar a mim a dar tudo o tenho porque eles mereciam e precisavam. Sinto que aprendi muito este ano, estou muito mais rica. Foi a profissão que escolhi, amo o que faço e adoraria fazê-lo enquanto sentir que esta é também a minha missão e é aqui que me realizo profissionalmente, mas de facto custa muito esta entrada e saída de pessoas na minha vida. Apego-me às pessoas e nem quero que de outra maneira seja porque a vida é para ser vivida com intensidade. Não sei ensinar de outra maneira que não a de tentar cativar as pessoas para mim e sentir-me cativada por elas. Tive 130 alunos este ano, por todos tenho uma enorme estima e todos deixar-me-ão uma enorme saudade. Hoje trago comigo alguns momentos e algumas palavras difíceis de esquecer. Uma aluna disse-me que fui a professora mais feliz que ela já alguma vez teve, que em todas as aulas tinha um enorme sorriso para lhes oferecer e que isso à partida já os motivava para continuarem comigo. Recordo o abraço apertado de uma avó e os olhos inchados de uma plateia. Trouxe comigo uma rosa que me é dada acompanhada da frase "para que a professora nunca mais se esqueça de mim".

segunda-feira, junho 23, 2008

Uma tarde de praia


Assim estava a praia ontem quando lá fui.

domingo, junho 22, 2008

Doce


Doce sabor o teu que provo e saboreio até ao fim, sempre que um pedaço de ti, ser humano escolhido para o meu coração amar, é acolhido pelos meus lábios. Quente abraço que o teu corpo oferece que me embrulha noutra doce sensação. Quatro braços cheios de tudo e dois corações realizados numa perfeita combinação de momentos. É a alegria de amar e de, com intensidade, viver e partilhar a vida que é mais doce porque tu existes. Que é mais especial com a tua presença. Que tem outro sabor porque, naturalmente, adoças tudo o que tocas.

quinta-feira, junho 19, 2008

El Crimen del Padre Amaro

Hoje deixo a sugestão de um filme que já vi por duas vezes. É qualquer coisa de extraordinária. Como o nome indica é uma adaptação do Crime do Padre Amaro, em nada semelhante à versão portuguesa, tão conhecida, polémica e duvidosa... Há todo um jogo entre o lado humano destas personagens, a tentação em que se encontram e o oposto: aquilo que supostamente defendem e pregam pela opção de vida religiosa que fizeram. A ligação ao lado espiritual chega a arrepiar de tão bem feito e tão bem conseguido que está. Aconselho vivamente.

quarta-feira, junho 18, 2008

Formação de professores


Três dias depois e estou de volta. Uma acção de formação levou-me até Évora. Lamento não ter aprendido mais, as expectativas nestas alturas costumam sair furadas. O tema é interessante, importante e muito actual. A maneira como o abordaram infelizmente não trouxe grande novidade para quem já anda mais ou menos metido nestas andanças de Novas Oportunidades. Fica sempre qualquer coisa, para além da pasta com documentos e do certificado no final. É ainda de lamentar que estes três dias de formação, praticante de carácter obrigatório para quem trabalha com este público, não sejam reconhecidos a nível de acreditação para efeitos de concurso, progressão na carreira e consequente avaliação de professores (onde um dos critérios de avaliados é a participação em acções de formação acreditadas). Não se compreende como é que uma coisa destas pedida e "exigida" pelas entidades responsáveis, dada pelo núcleo de formação contínua da Faculdade de Évora, não seja reconhecida pelo Ministério. Ficou, naturalmente, o desagrado de todos os presentes e o registo da reclamação. Apesar de tudo vale (e muito) pelo papel que me certifica ter estes conhecimentos. Nos dias que correm tudo tem de ser justificado e provado. Não que não soubesse muito do que ouvi, mas precisava sempre disto claramente descriminado num papel. Mais um a juntar aos que cá tenho. É uma pasta cheia de micas que progressivamente engorda, à medida em que vou bebendo aqui e ali, numa busca constante de respostas aos desafios do ensino actual em Portugal. Para quê? Nem eu sei bem muitas vezes. Só sei que continuo teimosa nesta profissão que me apaixona, apesar de tantos amargos de boca e dissabores. Não sei até quando, só sei que enquanto continuar a acreditar que vale a pena, continuarei teimosa na tentativa de construção de uma educação que valha que orgulhe a todos.

domingo, junho 15, 2008

Umbigo


Esta morada sem número de porta ou nome de rua definida é certamente uma propriedade privada para uma certa elite que só através da passagem por duras provas e testes pesados, provará ser merecedora de tamanha iguaria. Um umbigo perfeito, em formas perfeitas, num corpo perfeito de uma pessoa que se tem como perfeita. Uma irregularidade naquele caminho que se percorre de beijos de uma ponta à outra. Um umbigo que esconde um ventre ansioso. Este é um pedaço de corpo, uma porção de pele que se aprecia e apetece. É uma almofada nas horas mortas e um aperitivo de entrada nos momentos a dois. Duas curvas que se abraçam e apertam, um umbigo que se sente contra o peito. Definitivamente, um pedaço de ti, um momento perfeito.

sábado, junho 14, 2008

Refrescante



Imagens frescas em dias quentes. Mergulhos revitalizantes em paisagens apetecíveis. Companhias escolhidas a dedo que em abraços indescritíveis renovam e enamoram. Assim se desejam os dias primaveris

quinta-feira, junho 12, 2008

Segredos


A palavra segredada. O arrepio daquela boca que comunica e toca quase sem se aperceber. O ombro que se encolhe instintivamente, num gesto inquieto de quem se incomoda com aquela presença tão próxima e tão quente. A reacção de um corpo inteiro movido pela sensibilidade daquele leve sopro que faz fechar os olhos e encolher a cabeça, mas que se quer entregar cada vez mais num delírio de sensações e momentos. Que a carícia da palavra se multiplique em beijos e desejos inconfessáveis. Segredos partilhados à média luz que abrem o banquete dos amantes numa das mais perfeitas partilhas humanas.

quarta-feira, junho 11, 2008

Habitual sonho invulgar

Uma menina bonita deita-se e dorme. Não adormece na esperança de ser acordada pelo seu princípe, sabe que ele existe e já o encontrou. Adormece sim na esperança de sonhar com ele e de, assim, prolongar por mais um pouco a sua presença na sua vida. Dia e noite consigo, acordada ou adormecida. Entra no sono profundo, começa a cabeça a trabalhar o sonho que se queria doce e terno. Não precisava de grandes floreados, a companhia estava escolhida, o local era pormenor. Assim começou o seu sonho, a caminho de quem mais desejava. Entra no carro e inicia viagem. No rádio ouvia o relato do jogo de Portugal e lá mandava umas buzinadelas para festejar os golos que se seguiam. A estrada pouca gente tinha, camiões então, nem vê-los. Repara que o combustível que tem talvez não chegue para a levar ao destino desejado, procura um posto de abastecimento. Para seu espanto a fila de quase mil quilómetros trazia-lhe a triste nova de não chegar para a sua vez. Mas nada impede uma mulher apaixonada. Aproxima-se de uma, de outra e mais outra e nenhuma a conseguia abastecer. Daí à reserva foi um instante. O rádio mudara depressa de assunto e relatava a fome que já se fazia sentir devido à escassez de alimentos com a paralização. Decide desligar o rádio para não se deixar influenciar por notícias pessimistas. Pega no telemovel para dizer ao seu mais-que-tudo que está atrasada, mas, como disse anteriormente, nada impede uma mulher apaixonada. A meio da chamada o telefone acusa falta de bateria e desliga-se. Estava agora também incontactável. Entre voltas e mais voltas vê-se efectivamente sem combustível, longe de tudo e sem telefone, mas cheia de moral. Os táxis passam a velocidades estonteantes e apinhados de gente. "Há dias com ligeiras complicações" pensou para si. Suspirou e decidiu levantar dinheiro. Não podia pedir ajuda sem dinheiro. Abre a carteira e descobre que está repleta de notas. Afinal nem tudo corre mal. Já não se lembrava que tinha emprestado dinheiro a uma amiga que lho dera há pouco tempo de volta. Decide pedir ajuda às pessoas que encontra. Uma boleia, um pouco de combustível, qualquer coisa que lhe devolvesse a possibilidade de concretizar o seu sonho feliz. Um homem gentilmente entrega-lhe um garrafão de gasolina a troco do preço justo que pagou por ela. A menina bonita não cabe em si de contente. Leva-o a correr até ao carro. Para seu espanto encontra-o vandalizado. Esquecera-se do radio lá e os larápios não contiveram a tentação de o levar. Nada detinha a nossa princesa. "O meu amor, espera por mim". Metade por fora, metade dentro, lá safou um ou dois litros que lhe permitiam, pelo menos, chegar ao destino. Limpou os vidros do banco e compôs os rasgões nos estofos e meteu-se a caminho sempre convicta que há males que vêm por bem. Chegou com cinco minutos de atraso. É uma mulher por norma prevenida e para além de quatro rodas suplentes, saía sempre com uma hora de antecedência, para dar sempre espaço a emprevistos. Lembrou-se entretanto da bateria extra que guarda na sua mala. "Cabeça tonta a minha". Os minutos foram-se multiplicando no local combinado. De minutos a quartos de hora, a meias horas a horas completas. Decide trocar a bateria e telefonar. Ninguém atende. Acorda aflita e cansada, sente que pouco ou nada descansou nesta noite. Tem consigo uma sensação estranha. Olha para o telemovel e tem uma mensagem do seu rapaz. "Bom dia menina bonita, ligaste-me?"

terça-feira, junho 10, 2008

Amor


Meu amor, nenhuma palavra que te possa dirigir expressa a verdade do meu coração ou a transparência do meu olhar. A tua existência é só por si uma alegria para mim, a tua permanência na minha vida, uma constante experiência de felicidade e de vivência do amor a dois. Não há segredos, não há tabus. Existes tu e existo eu. Existe o amor que nos une.

domingo, junho 08, 2008

Uma tarde na praia


Hoje a tarde foi pela praia. O sol apetecia, mas o vento, num tom de inveja, teimava em interromper o calor que se queria instalar. Já sentia falta de uma tarde entregue à preguiça total, em que a única preocupação da cabeça é se devo virar para a direita ou para a esquerda para evitar o escaldão que, no meu caso, é fácil de acontecer. As conversas derretiam-se em sorrisos e boa disposição. Brincadeiras e jogos de palavras de dão cor e sabor à vida. Na melhor companhia. Na companhia de quem mais se deseja. Na tua companhia.

sábado, junho 07, 2008

Infidelidade


Continuo às voltas e mais voltas com esta questão da infidelidade. Pesquisei uma meia dúzia de tópicos relacionados com o tema na internet, não sei se na esperança de encontrar uma desculpabilização para tão depravada atitude, se de facto existe uma razão que a perdoe, se é normal, enfim, nem sei bem do que ando à procura, mas sei que preciso de alguma coisa com uma máxima urgência. Sou uma tremenda defensora da fidelidade. Acho que existe o direito das pessoas não estarem bem e para isso existe o diálogo que levará o casal à solução que precisam: a separação ou o reencontro. É certo que estas conversas não são fáceis, mas não admito a hipótese da infidelidade e espero nunca vir a aceitar. Por outro lado não sei lidar quando me deparo com um caso deste género. Entre as várias conclusões que encontrei na minha pesquisa saliento três que me marcaram particularmente:
- a sida aumentou 200% em pessoas com mais de 50 anos devido a comportamentos de risco e muitos deles (alguns já idosos) morrem em lares sem condições porque as famílias não os querem. Conheço um caso destes. A esposa (naturalmente) abandonou o marido e ele está de facto a morrer a cada dia que passa, numa enorme solidão. Compreendo-a perfeitamente, eu jamais aceitaria uma situação destas.
- a infidelidade nas mulheres é considerada mais perigosa porque justificam que nos homens as relações são carnais ao contrário, nas mulheres, persiste o mito da necessidade de um sentimento que as envolva (digo mito porque acreditem que conheço muitas que estão-se nas tintas e chegam a preferir homens pelos quais não sentem rigorosamente nada, a estarem com alguém que não lhes seja indiferente pelo medo de se apegarem sentimentalmente).
- os homens procuram outras mulheres quando têm elevados níveis de testosterona.
Não sei o que diga. Não sei o que pense. Não sei o que faça.

sexta-feira, junho 06, 2008

Dias de sol


Em dias bonitos e primaveris reduz-se o comprimento das mangas e guardam-se as meias na gaveta. Os corpos preparam-se para se mostrarem ao sol. Já apetecia a vinda de dias quentes, de esplanadas sorridentes, de ambientes simpáticos e cheios de gente gira e com ar saudável. Fica o sincero desejo que o vento nos esqueça por uma temporada boa e nos deixe disfrutar aproveitar este país caracterizado pelo bom tempo apetecível. Acredito nas boas vibrações e energias que estes dias nos trazem. Depois de mais um ano de trabalho. Depois de mais um ano lectivo.

quinta-feira, junho 05, 2008

Traição


Se descobrisses que alguém que te é muito querido estava a ser traído pelo/a seu/sua companheiro/a o que fazias?

E se fosses tu que eras enganado/a, o que fazias?

terça-feira, junho 03, 2008

Love me not


O "não" está sempre garantido. Levei algum tempo a perceber esta máxima. Precisei de compreender a sua essência e lidar com este "não, que não é um "não" qualquer ou sem importância, é um "não" que, na maioria das vezes, custa a ouvir quando há um sentimento por trás. Por outro lado este "não" é o princípio de uma viragem. É a garantia que tudo foi feito e dito e que, por isso, mais vale seguir com a vida em frente e partir para outra. São muitos os medos que pautam as atitudes das pessoas. As razões que as fazem permanecerem com os seus companheiros ou sujeitarem-se a maus tratos, por exemplo. Soube ontem que pelo menos duas alunas minhas à noite são vitímas disso. É algo que custa a aceitar e dói pensar que há quem passe por isso em silêncio. O "não" que poderá ter várias formas e vertentes, não é necessariamente mau. Pode ser a barreira que impede uma desilusão. Pode ser a porta aberta para uma vida livre de compromissos infelizes e castradores.

segunda-feira, junho 02, 2008

Cusquices



Sou por norma uma optimista sensata. Optimista porque acredito que no final tudo acaba bem, que os bons são recompensados, os maus castigados e que o amor vence sempre. Optimista porque acredito estarmos destinados à felicidade, optimista porque mortos não haverão, feridos só ligeiros e no fim safam-se aqueles que merecem. Optimista porque acredito nas oportunidades que a vida nos dará. Tenho isto como certo e aquilo que corre mal terá a sua razão: ou é porque não tinha de ser por ali ou porque temos uma lição para tirar e, portanto, cresceremos como seres humanos e poderemos ajudar outros a crescer connosco. Nestas caminhadas muitas são as vozes que se levantam concordantes, discordantes e opinantes sobre o que é certo e errado, sobre as opções de vida que se fazem. Nenhuma destas vozes será verdadeiramente capaz de ler nas entrelinhas, de perceber o fundo de cada um e entender o que o move. E nem esta certeza os impede de julgar. Só amanhã será aberto o jogo. Amanhã, esse dia incerto que não sabemos o que nos reserva, mas que será bom de certeza.

domingo, junho 01, 2008

Cura de sono


Há dias em que me apetece adormecer para não mais acordar. Dormir para sempre ou dormir até ao dia em que ao acordar tenha na cabeceira da minha cama a resposta a todas as perguntas que inquietam ou que acorde apenas com certezas absolutas na cabeça. Talvez sejam estas incertezas que nos movam e nos obriguem a procurar mais e a questionar. São também as incertezas da vida que nos esgotam a energia e nos fazem não desejar nada mais que não dormir e dormir e dormir porque durante o sono nada sentimos e por momentos morremos para o mundo.