terça-feira, dezembro 11, 2007

A fonte do saber


A fonte da sabedoria? Aquilo que detem todo o saber? O poço dos saberes? O cúmulo das ideias, interpretações e análises? A nascente de onde brotam as certezas absolutas e as verdades inquestionáveis? O livro da vida que explicita o culminar de toda uma experiência? A lucidez? A clareza? A exactidão? A génese? A origem?

Não sei onde está. Também não sei se quero saber. Gostava de me encontrar com quem me pudesse tocar com aquilo a que já sobreviveu, me abrisse os olhos no dia em que por vontade própria eu os deixasse fechar, me mandasse um encontrão quando eu fosse descaradamente pôr o pé na poça, me desse o estalo que me acalmasse no dia da esteria e do descontrolo. É bom termos quem nos abane. Sempre fui da opinião de que esta passagem por cá é mais difícil quando nos vemos sozinhos e isto porque há tanta coisa que nos passa ao lado e que alguém nos pode mostrar. Assim só podemos ser pessoas melhores. E esse livro dos insaciáveis também não é para mim. Quero que os meus olhos, que os meus lábios, que o meu corpo, que o meu tacto, que o meu pensamento sejam desafiados e desafiem. Só assim passarei dos livros à prática, da conversa ao acto, da teoria à vida.

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