segunda-feira, junho 30, 2008

Um novo acordar


Amanhã como é habitual o despertador tocará à hora que eu mandar. Mas amanhã quero que ele ao invés de me berrar aos ouvidos e me sobressaltar quando ainda mal consigo abrir os olhos porque estava certamente bem acompanhada entre o sono e um sonho, sei que me sussurrará palavras de incentivo e louvor. Qualquer coisa do género "sim, eu sei que estava a ser bom, mas tens um pequeno-almoço à tua espera, uma banheira com água quentinha, uma escova de dentes e uma pasta de mentol deliciosas. Já pensaste que bom que é ter trabalho e passares o dia inteiro em tarefas interessantes? Os teus colegas têm um sorriso para ti e o conselho executivo já te avaliou senhora professora e deu-te pelo menos "bom" de certeza. Neste dia encontrarás ainda o teu amor, não há trânsito e o rádio programou as tuas músicas preferidas. Anda daí que a vida lá fora reservou coisas bem melhores". Assim vou decididamente saltar da cama cheia de vontade de começar mais um dia. Sei que não há outra hipótese, mas não gosto nada de ser acordada por um despertador. Não há nada melhor do que acordarmos por nós próprios quando o nosso corpo acha que já descansou o que precisava. Sem stresses nem pressas. O dia começa ao nosso ritmo e mediante a nossa necessidade. Sei que não o ofendo o despertador se o chamar desumano, mas sei também que ele é um mal necessário...

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