quarta-feira, junho 18, 2008

Formação de professores


Três dias depois e estou de volta. Uma acção de formação levou-me até Évora. Lamento não ter aprendido mais, as expectativas nestas alturas costumam sair furadas. O tema é interessante, importante e muito actual. A maneira como o abordaram infelizmente não trouxe grande novidade para quem já anda mais ou menos metido nestas andanças de Novas Oportunidades. Fica sempre qualquer coisa, para além da pasta com documentos e do certificado no final. É ainda de lamentar que estes três dias de formação, praticante de carácter obrigatório para quem trabalha com este público, não sejam reconhecidos a nível de acreditação para efeitos de concurso, progressão na carreira e consequente avaliação de professores (onde um dos critérios de avaliados é a participação em acções de formação acreditadas). Não se compreende como é que uma coisa destas pedida e "exigida" pelas entidades responsáveis, dada pelo núcleo de formação contínua da Faculdade de Évora, não seja reconhecida pelo Ministério. Ficou, naturalmente, o desagrado de todos os presentes e o registo da reclamação. Apesar de tudo vale (e muito) pelo papel que me certifica ter estes conhecimentos. Nos dias que correm tudo tem de ser justificado e provado. Não que não soubesse muito do que ouvi, mas precisava sempre disto claramente descriminado num papel. Mais um a juntar aos que cá tenho. É uma pasta cheia de micas que progressivamente engorda, à medida em que vou bebendo aqui e ali, numa busca constante de respostas aos desafios do ensino actual em Portugal. Para quê? Nem eu sei bem muitas vezes. Só sei que continuo teimosa nesta profissão que me apaixona, apesar de tantos amargos de boca e dissabores. Não sei até quando, só sei que enquanto continuar a acreditar que vale a pena, continuarei teimosa na tentativa de construção de uma educação que valha que orgulhe a todos.

Sem comentários: