terça-feira, maio 27, 2008

O caminho mais fácil


Sempre me incomodou a ideia que o caminho mais fácil é sempre o pior. Que tudo o que se constrói de bom é, à partida menos tentador. Eu compreendo a aplicação desta regra se pensarmos naqueles que optam por estudar, entrar numa faculdade e fazer um curso superior. Sim, compreendo que seja uma ideia que assuste, que as pessoas não queiram dispender dos seus fins-de-semana e que, consequentemente, seja mais aliciante deixar a escola e começar a trabalhar. A ideia da independência e de um ordenado no final do mês é um argumento muitas vezes complicado de combater. Não compreendo a aplicação desta regra a uma opção de vida com drogas e excessos de alcool e tabaco. Não vejo de que forma possa esta ser uma opção mais tentadora. Será pela necessidade de pertença a um determinado grupo? Será pelas aparentes sensações que estas drogas prometem? Não consigo ver esta opção de vida como "a mais fácil" como tantas vezes se diz. É sabido que a sociedade enfrenta uma grave crise social e que todos os problemas que se sentem a vários níveis advêm deste problema social onde se perdeu a noção de valor ou responsabilidade. É uma situação que se começa a sentir agora, mas estou certa agudizar-se-á com o tempo porque, de facto, poucas pessoas há que se empenham para ultrapassar esta situação. Não sei qual é o caminho mais fácil ou mais difícil. Acredito que este julgamento deverá ser feito tendo em consideração todas as variáveis implicadas e não só aquelas que saltam primeira à vista. Agrada-me uma perspectiva de vida feliz a curto, médio e longo prazo. Parece-me, claramente, "a mais fácil" e a mais aliciante. Só temos de a descobrir.

1 comentário:

José Eduardo disse...

Não podia estar mais de acordo contigo. Aliás, já o ano passado tinha escrito algo semelhante sobre escolhas entre o bom e o mau caminho que se pode seguir:
http://crazyzed.blogspot.com/2007/07/o-continente-desconhecido.html

:)