quarta-feira, agosto 27, 2008

Palavras


As palavras escritas talvez não signifiquem grande coisa ou coisa nenhuma, mas serão certamente um alívio à alma, um encarar da verdade, um oficializar de pensamentos. No fundo uma chuva de ideias que mais do que viverem no abstracto do pensamento, desejas que vivam concretas no papel. Muitas, inúmeros e incontáveis vezes vão parar ao fundo mais escondido de uma gaveta, ao infinito de um papelão que levarão estas mesmas palavras à reciclagem de outras e tantas outras que certamente farão parte de cabeças pensadoras que não falam, mas escrevem. Umas materializam-se em forma de carta, outras de diálogo, página confidente de diário secreto, em prosa ou poesia, não importa o como importa o porquê. Importas tu e as palavras que vivem dentro de ti e te saem da cabeça directamente para o papel. Importam as mensagens que queres passar ou queres apenas desabafar a um destinário qualquer, que mais provavelmente destinarás a ti próprio. Não por vergonha, mas apenas porque a ti pertencem. Não chores as palavras que guardaste ou deitaste fora, cumpriram a sua missão no momento em que as juntaste codificadas para ti. Para teu alívio ou tua satisfação.

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