quinta-feira, julho 03, 2008

Em jogo


Hoje fui chamada para uma entrevista de trabalho num colégio pelo qual tenho consideração. É verdade que é só uma entrevista, mas já é qualquer coisa. Não é que não tenha trabalho ou perspectivas de vir a trabalhar, é que nesta altura do ano é sempre a corrida do costume para antecipar o ano lectivo que se aproxima, na procura do melhor lugar possível. O problema é que raro tem sido o ano em que em Setembro/Outubro tudo não mude radicalmente. Surgem sempre novos desafios e ando sempre às aranhas sem saber o que fazer. Sabe quem me conhece que é enorme o aperto que sinto porque não há nada pior que uma indecisão e um coração dividido. Correu bem a entrevista, mas as entrevistas cansam-me. Sei que não posso fugir a elas e chegar a entrevista já não é nada mau, mas esta necessidade de falar de mim enquanto profissional, o que faço, o que sou, o que quero, o que espero, esgota-me. É rara a entrevista em que não saio com dor de cabeça. Esta certeza de estar a ser avaliada pelo que digo, pela forma como me visto, como olho, como ajo, como respondo é terrível, mas insisto, bem sei que é um mal necessário e saio sempre de lá com a sensação de ter passado por mais uma experiência e sair enriquecida de lá. Pode ser a minha mania de encontrar sempre um lado positivo de tudo o que acontece, mas vida para mim é encarada com este espírito. Nestes mundos de empregos e entrevistas o meu jogo é limpo, ponho todas as cartas na mesa à partida para que todos saibam com o que podem contar e saibam também aquilo que quero, assim nunca me poderão acusar do que quer que seja porque fui verdadeira e sincera. Não recorro a truques ou batotas porque se há coisa que não vendo ou entrego é a minha alma e a fidelidade aos meus princípios.

1 comentário:

Vamilosi disse...

Essa merd* das entrevistas é só para alguns terem emprego e refiro-me a gestão de recursos humanos e psicólogos. Tou a ser um pouco radical, mas que pretendem com as entrevistas,Seleccionar os melhores e mais bonitos intrujões?