sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Quanto tempo o tempo tem



É provavelmente o teu desafio quaresmal: esperar. Detestas esperar. Não esperas, desesperas. Mas eu compreendo a tua atitude pouco receptiva às esperas, elas têm sido de facto inúteis.
Tudo gasto para nada. Esperas que deram em coisa nenhuma.
Desanima-te que o discurso se repita, porque conheces o final de cor e salteado e não gostas nada de o rever. É o tipo de filmes que preferias que não existisse na tua vida, fazes por esquecê-lo, por não lhe dares importância, mas o certo é que ele está a rodar e nem a pipocas tens direito.
Passam os segundos, os minutos, as horas que depressa se tranformam em dias, semanas e meses. E lá estás tu, firme na tua espera inútil.
Ousaria a dizer:
"Bem-aventurados os pacientes porque persistem numa espera desesperante"

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