Quando damos por nós já tínhamos ultrapassado o limite. Não temos como voltar atrás. Uma vez decidida, a nossa cabeça leva-nos a caminhar por ali. Seguimos. Para a frente é que é o caminho e depois logo se vê.
Quem nunca experimentou a violação deste limite que nos corta a respiração e nos faz tremer por dentro. A fragilidade humana levada ao extremo. Cegos, surdos e mudos permitimos que a paixão exacerbada se apodere de cada poro e a vontade das hormonas impõe-se ao que tínhamos estabelecido.
Até onde posso ir eu? Vamos até onde queremos ou até onde nos deixam ir. Apalpamos o terreno com uma delicadeza mestra, não queremos deitar por terra os limites que em comum construímos. Imposto está o limite. Imposta poderá estar a tentação de o romper e de experimentar essa ousadia rebelde e impura de bloquearmos a inteligência. Uma vez superado o pudor é espantosa a velocidade que tudo pode atingir. Contudo, a Voz da Verdade continua a sussurrar-nos ao ouvido
agora é tarde...
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