domingo, maio 13, 2007

Aos pés de Maria

Mal se rompe nas ruas de tão carregadas que estão. Curam-se as feridas recentes. Acumulado está o cansaço das noites mal dormidas e dos quilómetros percorridos. Mas tudo isto e muito mais valeria sempre a pena pelas lágrimas hoje derramadas aos pés de Maria. Entoam-se cânticos e hinos de louvor àquela cujo coração tanto sangrou ao ver partir o seu Filho, num dos mais desumanos filmes de terror. Não há Amor como este, daí recorrermos a ti como exemplo máximo de caridade e acolhimento.

Nem o mais céptico é capaz de ficar indiferente ao espírito que ali se partilha. Para além do cheiro a vela queimada, respira-se a paz dos peregrinos realizados, sofre-se a mágoa de um problema grave na vida, chora-se de felicidade do objectivo traçado e cumprido. E eis que passas por nós pelos corredores fechados e multiplicam-se os lenços brancos que, numa tristeza imensa, se despedem de ti e já reclamam a saudade do que ali se viveu.

Intercede por nós, Mãe das mães, personificação humana do amor divino.

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