segunda-feira, março 26, 2007

Que colo é esse?


Que colo é esse que procuro sem medos e onde me sinto vivo? Uma espécie de ninho feito com os melhores galhos que a Natureza já concebeu, desenhado e pensado a rigor por um lindo pássaro arco-íris, em vias de extinção, que não quer deixar de dar o seu contributo ao mundo.
Julguei que a perfeição não existia até provar esse calor que me contagiou silenciosamente, me embalou e me deixou aninhado. Suave como só um pedaço de fina seda consegue ser. Estava entregue. Fechei os olhos e desfrutei, eram pétalas aveludadas que percorriam os fios do meu cabelo, parecia que adivinhavam que aquilo era o que eu mais desejava. Dois gomos adocicados derramavam o seu néctar sob a minha testa. Sussurravam baixinho palavras que não compreendia, mas a ternura que carregavam bastava para me arrancar o sorriso que não mais consegui largar. A inconsciência tomou conta de mim. Sei que mesmo assim não desististe de me tratar como um rei. Não sei se mereço tão nobres regalias, só sei que nada paga o que estás a ser capaz de me dar hoje, neste momento da minha vida. Neste momento da minha história.

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