sábado, abril 16, 2011

Handmade

Num mundo industrializado e globalizado, onde tudo é feito em quantidades gigantes, sem peso nem medida, sem alma, sem coração, tantas e tantas vezes até gostaríamos de personalizar um dia especial, mas a falta de tempo e a falta de paciência atiram-nos para os sítios do costume, numa busca desenfreada pelas coisas do costume.

Por outro lado, se até pensamos nalguma coisa mais particular, de imediato o bonito passa a feio quando olhamos para a etiqueta que trás agarradada... Voltamos costas e regressamos ao sítio do costume.

A tão falada e cansativa crise muitas vezes bate na tecla da necessidade do regresso às origens e à simplicidade das coisas. Porque não trocar playstations (quando não há orçamento para elas, nem para os jogos que elas naturalmente reclamam) por tempo de qualidade e em família a construir objectos, inventar histórias, quem sabe não estaremos a investir no desenvolvimento de futuros artistas que apenas precisam de quem os estimule e lhes abra horizontes.

A verdade é que a pressão da sociedade e do consumismo desvaloriza as coisas e as pessoas simples, encarneirando-nos para aquilo que não somos e não podemos ter.

Penso que não faltará muito para todos realizarem que, de facto, não há nada melhor do que deitar as MÃOS à obra. E nada tem mais valor do que o fruto do nosso trabalho.

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